Trinta pilotos de paramotor, de Mato Grosso do Sul e de São Paulo, realizam neste sábado (18) uma ação ambiental importante para a preservação de matas ciliares dos rios Paraná e Sucuriú. Eles vão sobrevoar Três Lagoas nos dois períodos e despejar milhares de sementes de plantas nativas em áreas como a que é conhecida por Cascalheira.
O organizador do encontro, James Luck, disse que a promoção também tem como objetivo divulgar o esporte. “Fazemos mais pelo que gostamos do que por qualquer interesse. É por nossa paixão por voar. E essa ação ambiental é uma iniciativa dos pilotos de Três Lagoas porque queremos ver a natureza preservada aqui na cidade”, disse.
James disse que o grupo que o acompanha “batalhou bastante” para conseguir as sementes que serão espalhadas. “Não conseguimos apoio do poder público e, por isso, decidimos fazer por conta própria, com tudo o que é necessário para uma atividade que une o bem-estar das pessoas, o esporte e a preservação da natureza”, disse.
A escolha da Cascalheira é, segundo ele, por se tratar de uma região que sofreu forte impacto ambiental com a construção da hidrelétrica Jupiá, na década de 1970, e que se regenera sem nenhuma ação humana. “A Cascalheira terá uma atenção maior porque é um local que precisa de mais atenção de todos os amantes da natureza. É um lugar lindo”, completou.
Os sobrevoos devem começar por volta das 9h, com saída do gramado ao redor da Lagoa Maior. No local também haverá exposição de equipamentos de paramotor, além de instrutores e adeptos do esporte.
O QUE É
O paramotor – é uma adaptação do “antigo” parapente. Para voar, os pilotos necessitam uma velocidade de vento que supera os 20 km/h, obtido graças ao vento gerado pelo equipamento – um motor semelhante ao de motos, aclopado a uma hélice protegida por uma armação de aço. O controle da rotação do motor e de uma asa de lona ficam à altura das mãos do piloto. Pode alcançar a até 80 km/h e voar por até 40 minutos ininterruptos.