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Meio Ambiente cria plano de ação para combate de queimadas

Pasta já registrou 84 denúncias de queimadas neste ano

Secretaria de Meio Ambiente já registrou 84 denúncias de queimadas neste ano em Três Lagoas - Arquivo/JPNEWS
Secretaria de Meio Ambiente já registrou 84 denúncias de queimadas neste ano em Três Lagoas - Arquivo/JPNEWS

Tempo seco e baixa umidade do ar sempre são motivos de preocupação para os departamentos de Saúde e Meio Ambiente de todo o Brasil, principalmente entre maio e agosto, quando tem o início da estiagem comum em nossa região.

Mais que comuns são as frequentes queimadas causando transtorno para a população. Em Três Lagoas, as denúncias destes crimes ambientais já começaram a ser registradas e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (Semea) começa a elaborar um plano de ação para combater essa prática e penalizar os responsáveis pelo ato.

Segundo o secretário da SEMEA, Toniel Fernandes, a fiscalização estará atuando com maior rigor neste ano. “Assim como estamos desempenhando na Operação Porco Solto, as queimadas também estão na mira dos nossos fiscais. É crime ambiental e causa prejuízos à saúde. Infelizmente ainda tem pessoas que tem esse costume”, explicou Toniel.

No ano passado, o período de estiagem foi intenso, chegando a aproximadamente 100 dias sem chuva. De janeiro a junho de 2018, a SEMEA registrou 214 casos de queimadas. Foram emitidos 44 autos de infração, sendo 100 UFIM’s por lote, o que corresponde hoje a R$ 479. Neste ano, foram 84 denúncias registradas, sendo aplicados 20 autos de infração.

SAÚDE

Crianças e idosos são os que mais sofrem com as consequências das queimadas. O número de atendimentos à pacientes com doenças respiratórias e alergias causadas pela fumaça quase que dobra no período seco.  A Secretaria Municipal de Saúde também faz um alerta sobre os riscos.

A coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Gisleine Saiar, explica que em 2018, foram atendidas 679 crianças de 0 a 5 anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com infecções respiratórias agudas, asma, bronquite, asfixia, sinusite, alergias e outras. Neste ano, ainda não há um relatório do número de atendimento por essas enfermidades, porém, estima-se que já esteja aproximando do total do ano passado.

DENÚNCIA

Importante ressaltar que a Secretaria de Meio Ambiente não apaga fogo. É um órgão fiscalizador e de preservação ao meio ambiente. No município, o Corpo de Bombeiros é responsável por combater incêndios, porém, no caso de queimadas, existem critérios a serem observados.

Já a Polícia Militar Ambiental (PMA) presta apoio aos dois órgãos e está presente também na área rural. A PMA tem autoridade para lavrar auto de infração e encaminhar os autores à delegacia, caso sejam identificados. Além da saúde e meio ambiente, queimadas também prejudicam animais silvestres, aves e árvores nativas.