ENTREVISTA

Workshop abordará vigilância sanitária e combate ao cigarro eletrônico

Objetivo do evento é fortalecer as ações das vigilâncias sanitárias municipais de MS

23 AGO 2024 • POR Any Galvão • 15h27
Matheus Moreira Pirolo em entrevista ao RCN Notícias. - Foto: Antonio Luiz/JPNews

Nesta sexta-feira (23), o gerente de Apoio ao Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, Matheus Moreira Pirolo, participou do programa RCN Notícias, da TVC HD, Canal 13.1, para falar sobre o “I Workshop Microrregional de Vigilância Sanitária”.

O objetivo do evento é fortalecer as ações das vigilâncias sanitárias municipais no eixo de desenvolvimento da Rota da Celulose. Entre os temas abordados, destaca-se o combate ao cigarro eletrônico.

De acordo com o gerente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a proibição da comercialização de cigarros eletrônicos em todo o país, medida que já está em vigor desde 2009. Com a manutenção dessa proibição, a Vigilância Sanitária Estadual intensificou o apoio às vigilâncias municipais para enfrentar a comercialização e o uso desses produtos nocivos à saúde.

A Vigilância Sanitária Estadual estabeleceu um protocolo de ação com cinco passos para as vigilâncias municipais enfrentarem esse problema. Matheus explica que um dos principais passos é a conscientização da população, dos consumidores e dos comerciantes sobre os malefícios desses produtos. Além disso, o protocolo inclui a divulgação de canais para denúncia e combate à venda desses produtos.

A comercialização de cigarros eletrônicos constitui uma infração sanitária passível de multa de até R$ 26 mil para o estabelecimento infrator ou para a pessoa que comercializa o produto proibido, além de possíveis sanções como a interdição do estabelecimento e a apreensão do produto.

O gerente explica que o uso de cigarros eletrônicos no Brasil não é proibido porque a Anvisa e o Ministério da Saúde consideram o usuário como uma pessoa doente que merece tratamento, e não como um infrator. O infrator seria o comerciante ou importador.

Para ele, o grande desafio é percorrer as diversas regiões do estado, já que Mato Grosso do Sul é o segundo maior consumidor de cigarros eletrônicos do Brasil, em parte devido à proximidade com a fronteira. “A conscientização da população é essencial, pois o cigarro eletrônico pode ser muito mais prejudicial do que o cigarro comum. Enquanto o cigarro comum causa efeitos deletérios à saúde após 15, 20 ou 30 anos, o cigarro eletrônico pode levar o usuário a buscar assistência médica em apenas 5 a 10 anos devido a problemas pulmonares, cardiovasculares e até cancerígenos”.

Ele afirma que o cigarro eletrônico causa dependência química intensa devido à nicotina e contém mais de 127 substâncias químicas nocivas à saúde, incluindo metais pesados como alumínio, chumbo e ferro, que podem entrar na corrente sanguínea e nos pulmões.

Veja a entrevista completa abaixo: