Trânsito

Dirigir sem cinto de segurança e falar ao telefone lideram ranking de multas

Imprudência ao volante é o principal motivo das infrações registradas em ruas e avenidas de Três Lagoas, segundo a PM

28 SET 2024 • POR Any Galvão - Estágio supervisionado • 15h03
Imprudência ao volante é o principal motivo das infrações registradas em ruas e avenidas de Três Lagoas, segundo a PM - Arquivo/JPnews

Em Três Lagoas, o número de infrações no trânsito aumentou 22% neste ano, se comparado a 2023, de acordo com dados obtidos pelo Jornal do Povo junto ao Departamento Municipal de Trânsito. Entre os meses de janeiro e setembro, foram registradas 7.661 autuações em ruas e avenidas da cidade, ao passo que, no ano anterior, foram 6.285.

Entre as multas mais frequentes, o não uso do cinto de segurança, que lidera o ranking da estatística, com 2.405 multas aplicadas em 2024. No ano passado, foram 1.891 ocorrências, resultando em um crescimento de 27%, mesmo com campanhas educativas. 

Outra infração recorrente é o manuseio do celular. Foram 1.607 multas aplicadas neste ano por essa infração.
A violação por avançar o sinal vermelho registrou uma média de 23 multas mensais, sendo 210 infrações ao longo deste ano. O tenente do Pelotão de Trânsito do 2º Batalhão de Polícia Militar, Lauro Santana, avalia que o levantamento comprova que ainda falta educação no trânsito para os motoristas. “O trânsito em Três Lagoas precisa de um trabalho mais eficaz na educação dos usuários nas vias públicas.

Observamos um grande aumento no número de acidentes e, após investigações, detectou-se que a falta de respeito às sinalizações é um dos motivos. Muitas pessoas não param nos sinais e desrespeitam a via preferencial, o que resulta em colisões e ocasiona danos materiais, além de, em alguns casos, perdas de vidas”.

Dados do Pelotão de Trânsito da PM revelam que a maioria dos acidentes em Três Lagoas ocorre durante o dia, especialmente nos horários de pico, que vão entre 6h30 e 7h30, 11h e 13h. O fluxo também se intensifica a partir das 17h no município. “O principal motivo é a imprudência. Somente neste ano, dez pessoas perderam a vida em decorrência dessas situações”, observou o tenente.
A morte mais recente no trânsito de Três Lagoas, ocorreu em 10 de setembro e a vítima não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Isso evidencia que muitas pessoas têm se arriscado ao conduzir veículos automotores sem a devida autorização. Por não passarem por uma autoescola, esses condutores perdem a oportunidade de adquirir o conhecimento necessário sobre as regras de trânsito e o comportamento adequado nas vias, aumentando o risco de acidentes e colocando em perigo não apenas a própria vida, mas também a de outros motoristas.

O uso do cinto de segurança é obrigatório no Brasil há quase 30 anos, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O não uso, seja pelo condutor ou pelo passageiro do veículo, é considerado uma infração grave, com aplicação de multa no valor de R$ 195,23 e perda de cinco pontos na carteira de habilitação. Já falar ou manusear o celular ao volante é considerado uma infração gravíssima e prevê multa de R$ 293,47, além de sete pontos na CNH.

Conforme o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a frota de veículos em Três Lagoas ultrapassa a marca de 103 mil. No entanto, esse cenário vem acompanhado de um desafio: a segurança nas vias. A Polícia Militar informou que está intensificando as operações de blitz, com foco em ações educativas. “O objetivo é orientar e verificar se os veículos estão em condições de circular na cidade com segurança.

Atualmente, nosso foco são os motociclistas, que, devido à falta de habilitação e ao desrespeito às regras de circulação, estão envolvidos em muitas colisões”, destacou.