Agradecendo apoio
Repercutiu em Brasília a manifestação de apoio do prefeito da Capital, Nelson Trad (PMDB) à pré-candidata à presidência da República pelo PT, ministra Dilma Roussef. Não faltaram elogios à postura do prefeito do PMDB. “Reciprocidade”, “lealdade”, “elegante” e “reciprocidade” foram os termos elogiosos, dirigidos ao prefeito Nelsinho. Ele teria até sido convidado para compor a recém formada “frente de prefeitos pró-Dilma do Centro-Oeste”. Conforme tem manifestado o próprio prefeito da Capital, o maior reconhecimento é a lealdade. "Não vou contra [Dilma e Lula] em função da lealdade que tenho com aqueles que me ajudam", disse o prefeito.
Insônia
Quem deve estar passando por noites mal dormidas e incômoda insônia é o governador André Puccinelli (PMDB), depois dessa manifestação pró-Dilma do seu “amigo e fiel escudeiro”, Nelsinho Trad. Se André Puccinelli, na sua pretensão de reeleição, oficializar o apoio ao PT, perde a aliança com o PSDB, DEM e PPS, partidos do forte Bloco Democrático Reformista (BDR), que já anunciou o lançamento da senadora Marisa Serrano (PSDB) como terceira pré-candidatura ao governo do Estado, se André apoiar o PT e não José Serra do PSDB. Quem mais está gostando desse impasse é o ex-governador Zeca do PT. Como diziam os estrategistas do exército romano: dividir o inimigo para mais facilmente vencê-lo.
Divisão
No efervescer da política para as eleições de outubro, o PMDB também corre o risco de não eleger Senador da República. O resultado das anunciadas prévias, apesar de “democráticas”, poderá ser catastrófico para a união do PMDB, hoje já visivelmente dividido e rachado. De um lado, nota-se, também aqui no Estado, o grupo dos que acompanham a Executiva Nacional do partido, a favor da aliança com o PT. De outro lado, estão os que preferem ir para o lado do PSDB. Ainda indecisos e incertos, estão também aqueles que continuam defendendo o lançamento de candidatura própria à Presidência. Essa divisão dentro do PMDB, indubitavelmente, também irá refletir nos resultados das eleições para governador do Estado. Como dizem os mais vividos, “a política é sempre uma caixinha de surpresa”.
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