OBSERVATÓRIO

Inquietação

A população do bairro Paranapungá e adjacências está preocupada e inquieta com a notícia que corre solta por lá. Estão dizendo que o plantão da Unidade Básica de Saúde, ou melhor do Posto de Saúde da Família (PSF) daquele bairro irá terminar por estes dias, talvez, a partir do dia 1º de agosto. Além do expediente normal, das 7 horas às 11 horas e das 13 horas às 17 horas, o Posto permanecia aberto, de segunda-feira a sexta-feira, até às 22 horas. O plantão sempre foi oportuno, não só para situações de urgência, mas para o trabalhador que não podia ausentar-se do serviço para consultar um médico, durante o expediente normal.

Em cima do muro

O PSDB de Três Lagoas está em posição meio inconfortável, em relação à política nacional e estadual. No Município e no Estado, o partido é forte aliado do PMDB, o que não acontece muito claramente em Brasília, principalmente agora, com a crise que veio à tona no Senado. Se houver rompimento nacional da aliança com o PMDB, os líderes do PSDB estadual e municipal terão que definir se estarão do lado de lá ou do lado de cá. Por essa razão, o presidente do PSDB local, Cristovam Lajes Canela, já avisou que o PSDB daqui está sem definição, aguardando o que irá acontecer por lá, em Brasília e em Campo Grande. “Por enquanto está tudo do mesmo jeito”, informou.

Estranha agilidade

Bastou o Ministério Público do Trabalho ter decidido pela abertura de Inquérito Civil Público para apurar as irregularidades do Misto Futebol Clube para que autoridades locais e estaduais se apressassem em conseguir recursos para o time para saldar suas dívidas. O processo foi aberto no dia 9 de julho. No dia 15 de Julho, o Jornal do Povo, divulgou com exclusividade a investigação. Um dia depois, Prefeitura anunciava que as contas do time tinham sido aprovadas e os R$ 20 mil seriam liberados. Já no dia 20, o presidente do Clube, Jamiro Rodrigues, pagava em dinheiro parte dos jogadores. Para completar, veio então o presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário, anunciar jogo na Cidade com a Seleção Sub-20.

Abrindo mão

Considerando somente a estimativa de renúncia tributária da Prefeitura Municipal de Três Lagoas para os próximos três anos (2010, 2011, 2012), o Município vai deixar de arrecadar mais de R$ 7 milhões com cobrança de IPTU, ISSQN e taxas. O montante refere-se somente ao valor que deveria ser pago por grandes grupos empresariais da Cidade como VCP, International Paper, Camargo Correa, Sitrel, Metalfrio, entre outras empresas. Espera-se que até lá, esse sacrifício de receita, que poderia estar sendo investido na construção de escolas, creches, postos de saúde, asfalto, entre outras obras, tenha valido a pena em prol do tão decantado progresso, geração de empregos e circulação de riquezas locais, divulgados pelo administração municipal e pelo Governo do Estado.

Sempre lembrado

Está mais do que provado de que ninguém parte para sempre até que haja alguém por aqui que se lembre dele. É o que está acontecendo com o saudoso e imortal senador Ramez Tebet. Na maioria das solenidades, principalmente naquelas em que são inauguradas obras, é lembrada a atuação política do senador Ramez Tebet e os benefícios que conquistou para Três Lagoas. Que descanse em paz e que não seja apenas lembrado, sempre com emoções, mas que sua história seja exemplo para os nossos políticos de hoje.

Inacreditável

Não dá para entender como a população pode ser tão descaradamente ludibriada. Desde que tomamos conhecimento do projeto de construção do imponente e majestoso prédio do Fórum da comarca de Três Lagoas, a ficar pronto em setembro, iniciamos uma campanha de preservação do antigo prédio, quando suspeitamos de sua demolição. Advogados, juízes, líderes da sociedade, Câmara Municipal, OAB/MS e até o ex-presidente do TJ/MS deram apoio à nossa campanha. O desembargador João Carlos Brandes Garcia, diante de toda essa mobilização e fortes manifestações contrárias à demolição, chegou a nos dar uma esperança, dizendo que iria manter de pé o antigo prédio se alguma instituição ou órgão público se manifestasse interessada em assumir a sua reforma e manutenção.

Falta de interesse

Quando soube da proposta do ex-presidente do TJ/MS, a prefeita Simone Tebet não demonstrou qualquer interesse em receber o prédio do antigo Fórum, alegando que sua reforma e manutenção eram inviáveis financeiramente. Na verdade, como Prefeita, a cidadã três-lagoense, Simone Tebet, já sabia que o prédio teria que ser, inevitavelmente, demolido para atender às exigências do Plano Diretor. Isso quer dizer que o projeto de construção do novo prédio somente foi aprovado com a condição do velho ser demolido. Para sair dessa, obviamente, hoje alega que não pode alterar o Plano Diretor.Todos da Prefeitura, em especial, o pessoal da Secretaria Municipal de Obras, sabia disso e omitiu a informação, sabendo da mobilização pela preservação do imóvel histórico. A revelação veio à tona com a publicação da GDU, emitida em 12 de dezembro de 2008.

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