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Editorial

101 anos

Leia o editorial publicado na edição deste sábado do Jornal do Povo

Editorial mostra motivos de comemoração e cobra esforço de autoridades - Editoria de Artes
Editorial mostra motivos de comemoração e cobra esforço de autoridades - Editoria de Artes

Três Lagoas celebra na próxima quarta-feira, 15 de junho, 101 anos de emancipação político-administrativa.  Sob os bafejos da proteção de Santo Antônio, festejado na segunda-feira, 13, o município caminha impávido para consolidar o seu papel no contexto das cidades mais importantes de Mato Grosso do Sul. 

Em plena crise política e econômica que o país atravessa, vitima da ação nefanda de sicários que não pestanejaram saquear as finanças públicas, enfrentamos essas adversidades com as obras de ampliação das duas fábricas de celulose, as quais estão gerando alguns milhares de empregos nesta fase de construção industrial, aquecendo vários setores da atividade produtiva e comercial. 

A transformação da cidade em polo industrial desperta a atenção do empresariado faz com que analistas da trajetória do crescimento da cidade formem convicção de que não haverá retrocesso para a consolidação de seu crescimento. Gerar emprego e renda constituirá missão permanente para os agentes políticos incumbidos de administrá-la, assim como foi para aqueles que no passado deram sua contribuição, inclusive, na atividade comercial e do agronegócio. Sem o concurso decisivo destes beneméritos da nossa história, talvez, hoje, não estaríamos usufruindo do progresso que bafeja cada dia que passa a nossa Três Lagoas, porta de entrada de Mato Grosso do Sul, que se afirma na atualidade como um estado agroindustrial. 

Entre tantos desafios que Três Lagoas tem para vencer, exige-se o esforço de suas lideranças para se ver retomada e concluída a obra de construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras, que se encontra no estágio de 82% da sua implantação. Falta pouco, apenas 18% para sua conclusão. Esse empreendimento de produção de insumos destinados à agricultura nacional garantirá ao país autossuficiência em 70% sobre o volume utilizado para a correção de nossas terras para torná-las mais produtivas. Há uma perspectiva de que até 2018 a economia local continue aquecida pela ampliação destas duas grandes fábricas de celulose. 

A finalização e entrada em operação da fábrica de fertilizantes cria expectativa de geração de mais empregos, além da ampliação de novos negócios em consequência da instalação futura de fábricas misturadoras de compostos químicos na elaboração de fertilizantes diferenciados. Igualmente, a instalação do porto seco, já aprovado pelo Tribunal de Contas da União, proporcionará à Receita Federal a facilidade de alfandegar, ou seja, desembaraçar documentação de produtos destinados à exportação, os quais quando chegarem aos portos brasileiros estarão livres de imensas filas que duram dias. Assim, exportadores, poderão ver embarcados quase que imediatamente os seus contêineres. É certo que o funcionamento do porto seco, propiciará no entorno a prestação de uma grande gama de serviços, desde despachantes, oficinas mecânicas, lojas de autopeças, pneus, entre outros, gerando novas oportunidades de trabalho. 

Simultaneamente ao crescimento econômico, é grande a expectativa pela ampliação da infraestrutura urbana de modo que a cidade alcance níveis de satisfação que hão de refletir na melhoria da qualidade de vida. Melhorar os serviços de saúde pública, educação, segurança, além de se assegurar moradia digna para todos, constituem desafios permanentes. E que somente serão vencidos pela qualidade do desempenho de seus administradores – prefeito e vereadores. É certo que uma cidade se desenvolverá se houver planejamento e pulso na sua execução. 

Os estudos que se faz atualmente para incluir Três Lagoas no programa Cidades Emergentes e Sustentáveis, poderá, se levado adiante e concluído, estabelecer um planejamento a longo prazo para a cidade, permitindo o alcance a linhas de financiamento, inclusive, internacional, para  execução de obras de infraestrutura urbana e implantação de serviços de qualidade, que proporcionarão à municipalidade e aos moradores, agora, mais que centenária, níveis senão de excelência, pelo menos, de elevada qualidade de vida. 

Portanto, que sirva estes 101 anos de reflexão para todas as forças vivas que ajudam a construir a grandeza do município. Não há mais lugar para improvisação de programas e objetivos. Três Lagoas continuará a crescer, mas, é preciso que cresça de maneira planejada, sustentável, e, sobretudo, que seja conduzida com firmeza de propósitos.