* Jonathan Spada é acadêmico do curso de Direito da UFMS – Campus de Três Lagoas/MS.
* Vanessa Cristina Lourenço Casotti Ferreira da Palma é professor do curso de Direito da UFMS
A cada dia, uma nova ferramenta de comunicação é criada ou aprimorada; como maiores exemplos, temos os computadores e os celulares com seus aplicativos. Percebe-se que a geração nascida nesse século consegue lidar facilmente com as novas tecnologias e acaba dispensando o uso de outros meios, como o correio, o telefone, por serem, aquelas, mais baratas, cômodas e ágeis.
Atualmente, uma criança de 4 ou 5 anos já sabe manusear um tablet, porém, muitas vezes, nunca utilizou um telefone. Também há adolescentes que há tempos não utilizam um telefone fixo, mas passam a maior parte de seu dia conectados, o que demonstra a habilidade dos mais jovens para lidar com as tecnologias atuais. Em contraponto, a terceira idade não possui a mesma facilidade de aprendizado para a utilização desses meios de interação.
Apesar das dificuldades dos idosos para lidar com as novas tecnologias, eles são persistentes e até se divertem aprendendo. Por ser o mundo cibernético um mundo novo, muitos sentem medo do computador e o enxergam como algo complicadíssimo, no entanto, depois de certo tempo, ganham habilidades e conseguem manuseá-lo a seu favor. Mandam e-mails, criam contas em redes sociais e interagem com familiares ou amigos. Assim, dão um passo adiante para a própria inclusão através do mundo cibernético que até então era desconhecido.
Existem no Brasil algumas instituições que os auxiliam nesse aprendizado. A universidade aberta para o idoso é um exemplo de sucesso. Realiza diversos projetos de ensino atendendo ao idoso e alcançando grandes resultados. É, pois, um diferencial a oferta desses cursos nas Universidades, uma vez que, além de aproximar a comunidade da Universidade (papel do projeto extensão), promove uma relação dialógica com benefício mútuo entre as partes.
Um dado significativo é que os idosos procuram os cursos de informática nas universidades abertas especialmente por terem vergonha de pedir ajuda a familiares, já que estes podem não ter paciência para ensiná-los, ou então porque lhes falta recurso financeiro para arcar um curso de informática.
A realização de um curso de informática na terceira idade é fundamental para concretização dos direitos do idoso à inclusão social, pois é um meio que facilita sua vida, trazendo o desenvolvimento de novas habilidades e promovendo um contato entre diferentes gerações no meio universitário.