A conquista de mais competitividade para a indústria tem se tornado agenda estratégica dos Governos. O diálogo entre nossas lideranças, principalmente da CNI e o Governo da Presidenta Dilma Rousseff, por exemplo, consolida um cenário com juros mais baixos, desoneração da folha de pagamento para alguns segmentos, redução de impostos, mais acesso a linhas de crédito e ampliação da oferta de vagas para educação profissional. É, sem dúvida, uma realidade bem mais adequada a um país que pretende ser uma das maiores economias do mundo.
São medidas que influenciam decisões e provocam mudanças importantes no dia a dia das indústrias. Estamos construindo um cenário onde esta nova relação com o setor produtivo do país vai gerar mais empregos, melhores salários, aumentar a produtividade, competitividade e também as exportações. Sempre defendemos e lutamos para que medidas similares fossem adotadas aqui no Estado.
Para que Mato Grosso do Sul, como o Brasil, se torne competitivo é preciso investir em novas tecnologias que permitam a modernização do processo de produção e do parque industrial para que possamos contratar mais, conquistar novos mercados, romper fronteiras, enfim, fazer movimentar com mais vigor esta engrenagem que já é um dos pilares da matriz econômica.
Ao longo dos últimos anos, mantivemos permanentes negociações com o Governo do Estado para consolidar a prorrogação dos incentivos fiscais dos diversos setores da nossa indústria, inclusive regionalmente. Esta foi uma pauta elaborada junto aos fóruns dos nossos Sindicatos representativos e que foi sendo estruturada a partir das demandas de cada um dos setores envolvidos. Foi uma trajetória difícil, mas, nem por isso, menos produtiva.
Quando no dia 18 do mês passado, durante o lançamento do cartão FCO do Banco do Brasil, o governador André Puccinelli anunciou a decisão de regulamentar a Lei 4.285/2012, que trata da prorrogação dos incentivos fiscais da indústria de Mato grosso do Sul até 2028, estava consolidado o alinhamento do nosso Estado com a política que vem sendo adotada pelo Governo Federal e que já está trazendo efeitos significativos para o país.
É meritório presenciar o governador André Puccinelli mobilizar esforços para construir uma agenda positiva para a indústria. Este, sem dúvida, é um avanço considerável, pois resgata e, talvez mais do que isso, cristaliza um compromisso com a nossa atividade e tudo o que pode produzir para melhorar a vida das pessoas.
Associadas às ações do Sistema Fiems, notadamente no âmbito da qualificação profissional, com a construção de novas unidades do Sesi e Senai, mais cursos, Laboratórios e Centros Integrados. além das ampliações e reformas, a prorrogação dos incentivos fiscais fortalece um modelo muito produtivo para nossa indústria, pois assegura apoio real para as plantas instaladas e oferece diferenciais importantes para atrair novos investimentos.
Além disso, no âmbito do PDR (Programa de Desenvolvimento Regional) estamos promovendo reuniões com Prefeitos das cidades pólos sugerindo um pacto pelo desenvolvimento industrial destas cidades. Temos trabalhado para Integrar e Desenvolver, consolidando o mapa das vocações e demandas regionais, além de propor soluções capazes de descentralizar o desenvolvimento industrial via incentivos fiscais regionais e abordagem sistêmica dos gargalos impostos pela logística.
Uma luz enquanto ainda estamos no túnel faz toda a diferença para Mato Grosso do Sul.
*Sérgio Longen é presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems)