A omissão criminosa

Não desmereço nenhuma emissora da mídia eletrônica ou impressa. Não me correspondo com as várias delas para criticar, mas para tentar mostrar que existem outros caminhos e que é a obrigação de todos nós que temos mente aberta alertar, mostrar, compartilhar com a mídia que transmite ao povo as informações necessárias. Infelizmente tenho que reconhecer que não temos uma democracia plena na mídia, em praticamente nenhum canto do Brasil. E democracia na mídia é essencial… Isto é o que desejamos, e no federalismo isto acontece naturalmente, pois os poderes não são concentrados, e portanto não há como cooptar uma mídia que, dentro de um ambiente econômico realmente ativo, depende muito mais de outros clientes: as empresas.
A mídia tem grande responsabilidade sobre as informações repassadas às massas. Fico horrorizado com o fato de grande parte da mídia assentir com a transformação do Brasil em uma Cuba de tamanho família. Garanto a qualquer um que esteja lendo esse singelo artigo que se o sistema aplicado em Cuba, Venezuela e Bolívia fossem bons, eu mesmo seria o primeiro a desejá-lo!
Mas isto não é a verdade, e embora muitos não queiram admitir ou não enxergaram ainda… Estão nos sovietizando! Não é preciso ser um militar para implantar um regime ditador com ideais distorcidos, na contramão do mundo civilizado. Temos grandes ameaça à paz na América Latina, verdadeiras aberrações!
Vou ser mais claro: quando você visita a biblioteca de uma escola ou uma universidade, em busca de livros para pesquisas e se depara somente com livros marxistas, fica claro que tem algo errado! Se vivemos em uma democracia, hipoteticamente falando, deveríamos encontrar também e tão facilmente os livros liberais, no mínimo para se ter o contraponto. Então o que entristece a quem enxerga tudo isso é que o poder se concentrou, e isso gera corrupção, desmandos, rombos, roubos, desvios, abuso de poder e indução ao povo para que pense e aja como os que se adonam do poder querem… Não que isso não ocorra em outros países, em maior ou menor grau, mas lá  pelo menos as pessoas lutam para melhorar, pois a imprensa é mais aberta, livre. Aqui o clientelismo, o populismo e a manipulação pelo estômago e pelos interesses imediatos, até mesmo comprometendo o futuro, se tornou uma nojenta arte! 
Importante frisar que ser nacionalista, federalista, direita ou esquerda é irrelevante… O que importa é não ser omisso, e desse mal, esse articulista não padecerá.
Me aproprio das palavras de Rui Barbosa no discurso que encontrei na internet, replicado ali na interpretação de Rolando Boldrin, e as transformo em nova frase: “minha indignação não é com a mídia meus caros, mas com o que não vai para a mídia”.