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A saga dos israelenses

Parece que não é suficiente o Estado de Israel enfrentar a hostilidade da população palestina abandonada pela ONU quando da criação do estado israelita, através de uma política de ódios, violência e terrorismo clássico. Agora, uma banda de música, de origem ideológica, procura transformar vítimas em algozes. Israel não tem culpa de não terem criado o estado palestino e por outro lado não pode deixar de reagir às agressões.

Israel, nem nenhum movimento de israelitas, teve a iniciativa de qualquer ato de violência contra a população de origem muçulmana que trabalha e vive em seu território – em algumas cidades, inclusive, como maioria. Até o final dos anos 50, o convívio era possível, quando a antiga União Soviética resolveu incluir a desestabilização de Israel na Guerra Fria, fomentar ódios e aventuras por parte dos árabes. Como o mundo sabe, em todas as oportunidades, a reação militar de Israel foi pronta e eficiente. E, para a sua garantia, manteve alguns territórios ocupados até recentemente.

A luta palestina se tornou, de um lado, um instrumento ideológico das esquerdas de todo o mundo. Imaginavam, desta forma, atingir os EUA, aliado de Israel e onde vivem muitos americanos de origem semita. Tudo, sendo, na verdade, um rescaldo do antissemitismo da Era Stalin, que, possivelmente, custou mais vidas de hebreus do que as eliminadas nos campos de concentração nazistas. E, nessa escalada da violência, do terror e do ódio, a grande vítima acabou sendo o Líbano, até então de governo cristão e exemplo de desenvolvimento econômico e social na região. A Síria – unida ao Iraque de Saddan e ao Irão dos Aiatolás, com a cumplicidade da Jordânia e do Egito – tornou a vida naqueles territórios um verdadeiro inferno.

Na Cisjordânia, os muçulmanos mais realistas se aproximam de uma convivência pacífica, da qual só terão a ganhar. Uma política colaboracionista com o mais forte pode ser uma atitude inteligente, sábia e de proteção aos interesses reais da população. Na Faixa de Gaza, com a chegada ao poder do grupo mais radical e violento,-e corrupto- as provocações chegaram a tal ponto que a reação israelense seria, como foi, inevitável e mais do que justificável.

Todo mundo quer a paz. Mas falta coragem a ONU para manter uma fiscalização correta e isenta, no sentido de que os territórios devolvidos por Israel sejam desmilitarizados e com o compromisso do combate à ação e à pregação do ódio.

O local é conhecido como Terra Santa, pois é sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos. O convívio tem de ser cordial e soluções efetivas precisam ser encontradas, inclusive com a cooperação da Jordânia e do Egito, que possuem terras disponíveis. Israel, por outro lado, deve estimular o desenvolvimento econômico dos territórios vizinhos como forma de deslocar parte da população que, por ociosidade e necessidade, acaba presa fácil da pregação radical.

O Brasil tem um papel a desempenhar nessa crise. Nosso povo é formado por judeus (boa parte pelos chamados “cristãos novos”, vindos de Portugal), árabes, especialmente os oriundos do querido Líbano, e, como maior nação cristã do mundo, temos todo o amor pela pátria de Cristo, onde nasceu e subiu aos céus. Repelir a mentira contra os judeus é um ato de dignidade e de coerência, até por serem eles os mais antigos dos três.