Em nossa vida, trocamos coisas o tempo todo, com todo mundo. Com nossos amigos, com o chefe, com o motorista do carro ao lado, com o síndico do prédio, com os parentes, com a vendedora da loja de roupas. Trocamos um olá, um telefonema, cartões de visita; trocamos trabalho por dinheiro, dinheiro por compras, por serviços, por impostos e contas em dia. Podemos, ainda, trocar gentilezas, experiências, endereços eletrônicos. E atire a primeira pedra quem nunca trocou meia dúzia de palavras duras com quem o tenha tirado do sério.
Não raramente saímos das nossas relações pessoais, profissionais ou sociais com a sensação de que entregamos a mais ou recebemos de menos. Outras vezes, com a percepção de que nos deram ou nos imputaram algo desproporcional ao que merecíamos. E, por que não, na igualmente desconfortável situação de estar em débito com alguém.
Quando em desequilíbrio, essa – por assim dizer – economia de trocas que marca o nosso dia a dia remete ao incômodo sentimento de injustiça. É injusto sofrer um prejuízo e não ser reparado. É injusto ser cobrado a mais. É injusto ser afastado de um bem importante ou correr o risco de perdê-lo. É injusto suportar uma ofensa gratuita, uma imputação não verdadeira, a conta de um problema que não criamos, a perda de um valor que cultivamos, a marca de uma violência que nos vitima.
É precisamente nessa hora, no momento em que o gosto amargo da injustiça nos põe em revolta, que a imagem desse profissional nos vem à mente. A advogada e o advogado são, sim, a versão moderna de Aquiles, soldado dotado de bravura e força que vai destemidamente à guerra, sedento por justiça. Sobre eles, nos momentos mais desesperadores, depositamos a esperança de superar uma perda, de recompor um dano, de apaziguar uma desavença, de voltar a dormir, de voltar a sorrir. São eles, por vezes tão duramente criticados, que nos dão voz em face do Estado, do nosso agressor, de quem nos deve ou nos toma algo sem legitimidade.
A advocacia desempenha, nesse cenário de trocas intensas e complexas em que vivemos, o papel de perseguir continuamente o restabelecimento do equilíbrio entre as pessoas, criando saídas, fazendo ajustes, negociando soluções, enfrentando até o mais poderoso dos adversários, reparando a dor, promovendo a justiça, propondo a paz.
Olhando a questão por esse ângulo, torna-se difícil não nos afeiçoarmos a essas figuras bem articuladas, proativas, elegantes e cheias de personalidade que são as nossas advogadas e os nossos advogados. Impossível não pensar neles num momento de sofrimento, de desamparo, de busca de remédio humano para certos males do mundo. Só quem sofre uma injustiça sabe o valor de ser acolhido por um defensor atento, correto, eloquente e obstinado na busca de um resultado que reconforte.
É em agradecimento à importância do seu trabalho que, nesta data, propomos mais uma troca. Hoje, nós é que saímos em sua defesa, que lhes estendemos a mão e os apoiamos em sua missão de pacificar. A elas e a eles oferecemos um abraço agradecido e o nosso reconhecimento pela incansável proteção e ajuda na superação dos obstáculos que, nem sempre de maneira justa, nos são impostos.
Afinal, em nossa vida, trocamos coisas todo o tempo, com todo mundo.
Em nossa vida, trocamos coisas o tempo todo, com todo mundo. Com nossos amigos, com o chefe, com o motorista do carro ao lado, com o síndico do prédio, com os parentes, com a vendedora da loja de roupas. Trocamos um olá, um telefonema, cartões de visita; trocamos trabalho por dinheiro, dinheiro por compras, por serviços, por impostos e contas em dia. Podemos, ainda, trocar gentilezas, experiências, endereços eletrônicos. E atire a primeira pedra quem nunca trocou meia dúzia de palavras duras com quem o tenha tirado do sério.
Não raramente saímos das nossas relações pessoais, profissionais ou sociais com a sensação de que entregamos a mais ou recebemos de menos. Outras vezes, com a percepção de que nos deram ou nos imputaram algo desproporcional ao que merecíamos. E, por que não, na igualmente desconfortável situação de estar em débito com alguém.
Quando em desequilíbrio, essa – por assim dizer – economia de trocas que marca o nosso dia a dia remete ao incômodo sentimento de injustiça. É injusto sofrer um prejuízo e não ser reparado. É injusto ser cobrado a mais. É injusto ser afastado de um bem importante ou correr o risco de perdê-lo. É injusto suportar uma ofensa gratuita, uma imputação não verdadeira, a conta de um problema que não criamos, a perda de um valor que cultivamos, a marca de uma violência que nos vitima.
É precisamente nessa hora, no momento em que o gosto amargo da injustiça nos põe em revolta, que a imagem desse profissional nos vem à mente. A advogada e o advogado são, sim, a versão moderna de Aquiles, soldado dotado de bravura e força que vai destemidamente à guerra, sedento por justiça. Sobre eles, nos momentos mais desesperadores, depositamos a esperança de superar uma perda, de recompor um dano, de apaziguar uma desavença, de voltar a dormir, de voltar a sorrir. São eles, por vezes tão duramente criticados, que nos dão voz em face do Estado, do nosso agressor, de quem nos deve ou nos toma algo sem legitimidade.
A advocacia desempenha, nesse cenário de trocas intensas e complexas em que vivemos, o papel de perseguir continuamente o restabelecimento do equilíbrio entre as pessoas, criando saídas, fazendo ajustes, negociando soluções, enfrentando até o mais poderoso dos adversários, reparando a dor, promovendo a justiça, propondo a paz.
Olhando a questão por esse ângulo, torna-se difícil não nos afeiçoarmos a essas figuras bem articuladas, proativas, elegantes e cheias de personalidade que são as nossas advogadas e os nossos advogados. Impossível não pensar neles num momento de sofrimento, de desamparo, de busca de remédio humano para certos males do mundo. Só quem sofre uma injustiça sabe o valor de ser acolhido por um defensor atento, correto, eloquente e obstinado na busca de um resultado que reconforte.
É em agradecimento à importância do seu trabalho que, nesta data, propomos mais uma troca. Hoje, nós é que saímos em sua defesa, que lhes estendemos a mão e os apoiamos em sua missão de pacificar. A elas e a eles oferecemos um abraço agradecido e o nosso reconhecimento pela incansável proteção e ajuda na superação dos obstáculos que, nem sempre de maneira justa, nos são impostos.
Afinal, em nossa vida, trocamos coisas todo o tempo, com todo mundo.
Luiz Roberto Curia é responsável pelo setor de publicações jurídicas da Editora Saraiva