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Amanhã, tomará que seja um novo dia

Políticos dão sinais de esgotamento com sucessivas eleições

A gente brasileira neste domingo vai votar para escolher os novos mandatários do país. As eleições como todos sabem, serão para presidente da República e vice, governadores e vice, senadores – o Senado Federal nestas eleições renova um terço da representação estadual, por isso que entre três senadores, este ano escolher-se-á somente um-,mais, deputados federais e estaduais. Em 1980, portanto, há trinta e quatro anos, houve a prorrogação dos mandatos de prefeito e vices e vereadores eleitos em eleitos em 1976  com a finalidade de estabelecer a coincidência de mandatos. Através da Emenda Constitucional, nº 14 de 1980,  o mandato eletivo, no âmbito municipal que expiraria em 1980,  foi prorrogado em dois anos, ensejando um lapso de tempo de mandato de seis anos com a finalidade de estabelecer no país a coincidência de datas para a realização de eleições de 1982. Posteriormente, o país adotou o calendário de eleições exclusivas para o âmbito municipal. Esse fato, comprovadamente estabeleceu uma paralisia administrativa, porque prefeitos e vereadores viram-se envolvidos, após suas eleições, depois de quase dois anos, nas eleições dos candidatos de seus partidos. Passaram  viver um clima de tensão eleitoral, porque em seguida às suas eleições vivemum ano trabalhando, para no ano seguinte dedicarem-se às eleições daqueles que apoiam, para no ano seguinte, então, preparem a terceira eleição, ou seja, a própria, como invariavelmente fazem a maioria dos prefeitos dos municípios brasileiros que buscam a reeleição, juntamente, com um expressivo, se não quase todos, os vereadores da sua municipalidade. Como se verifica, entra ano e sai ano, e os governantes pensam somente em eleição não tendo tempo exclusivo para encaminharem as soluções que no âmbito de cada atribuição e nível de governo  são reclamadas. Duas situações estão evidentes, os políticos dão sinais de esgotamento com a realização de sucessivas eleições, e o povo, sofrido e espoliado, não aguenta mais conviver com eleições que infelizmente não proporcionam  mudanças que ele próprio reclama para ver mudado  tudo que hoje está colocado na mesa de discussão para equacionar as mazelas que tristemente vemos e ouvimos dia após dia no noticiário desse país em todos os níveis. Grassa em todas as regiões do continente brasileiro a corrupção, o desmando, a incompetência, e, sobretudo, na maioria dos núcleos o uso da máquina administrativa. Hoje só temos voz para lamentar. Mas, amanhã, domingo, 5 de outubro de 2014, teremos pelo instrumento do voto, voz para começar uma mudança, que pode colocar o país no caminho de um novo tempo, longo, mas que tem tudo para abrir novos horizontes, restabelecer a ética, a moral,  a prática dos bons princípios que animam qualquer cidadão que está receoso em dar  sua contribuição à vida pública de seu país e da sua gente. É tempo de se estabelecer reformas políticas no Brasil. O Parlamentarismo, o voto distrital misto, o estabelecimento de mandato de cinco anos para a eleição de ocupantes de cargo na direção do poder Executivo em todos os níveis, a coincidência de realização de eleições em todos os níveis, a revisão da lei que estabelece o envio de duodécimos para as Câmaras Municipais  para acabar com uma farra de gastos sem precedentes e que agrava economicamente a municipalidade, inclusive, o pagamento de subsídios para vereadores em municípios acima de 500 mil habitantes, são algumas das providências que o povo reclama. O atraso político que vivemos não pode continuar massacrando o povo brasileiro. Essas questões constituem a ponta de incontáveis mudanças que a nação reclama. Está chegando a hora de vivermos um novo tempo exercendo com independência e sabedoria o direito inalienável de se votar.