Mais um médico tentará chegar à prefeitura da capital. De antemão já se sabe que a saúde deve ser sua bandeira maior na campanha. E nem podia ser diferente.
É que mesmo após mandatos de André e Nelsinho os problemas nesta área continuam, a exemplo do que ocorre no país, devido a diversos fatores. Independentemente de seu novo partido político, o foco deste texto não é apenas questionar o entendimento do eleitor quanto a candidatura de mais um profissional da área da saúde.
Ora! Não há como deixar de registrar: Ayache foi filiado no Partido dos Trabalhadores por muitos anos. Em consequência, não se livrará da tatuagem do PT em seu rosto por toda a vida política. E seu desembarque da agremiação – logo agora nesta fase crítica – devido as denúncias e prisões de lideranças do porte de Zé Dirceu e Vaccari Neto – provocará dúvidas e críticas de todos os lados.
Ayache, poderá ser até visto como um oportunista que apenas usou a sigla para fazer o batismo das urnas sem grandes riscos de desgastes pelo favoritismo óbvio de Simone Tebet ao Senado. Aos petistas restará decepção ao pular do navio justamente agora nesta tormenta pela qual passa o partido de Lula, Dilma e Zé Dirceu.
Mas evidente que Ayache já deve ter em seu bolso as respostas para a maioria dos questionamentos da imprensa e dos eleitores. Ele é ambicioso, vaidoso e de raciocínio rápido, embora ainda não tenha incorporado ao seu estilo a arte de transigir e ouvir, tão cultivada pelos políticos mineiros. Mas isso deve ser apenas questão de tempo, quando então ficará mais igual do que diferente dos demais concorrentes. Aliás, é incrível como os políticos se parecem.
Daqui para frente, é dever nosso fazer a devida leitura da postura, gestos e declarações do médico – de bom trabalho à frente da Cassems. Ele já deve saber que a política desnuda pobres e ricos, independentemente de partido. A batalha eleitoral é atraente, na mesma proporção de sua crueldade. A história da humanidade é testemunha disso.
Que o médico Ayache traga realmente novas luzes na política, sem apenas rebatizar o óbvio. Campo Grande não pode repetir aquele equívoco (ou desastre?) eleitoral de triste memória.
Salvadores da Pátria – nunca mais!
De leve…