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Editorial

BR-262 Campo Grande Três Lagoas

Confira o Editorial do Jornal do Povo na edição deste sábado (10)

Confira o Editorial do Jornal do Povo na edição deste sábado (10). - Foto: Divulgação
Confira o Editorial do Jornal do Povo na edição deste sábado (10). - Foto: Divulgação

Quando se conseguiu por tanta insistência do então vice-governador Ramez Tebet, no governo Wilson Barbosa Martins, a pavimentação da BR-262, o trecho inicial teve início por este mesmo trecho anunciado para ser duplicado pelo governo estadual: Campo Grande – Ribas do Rio Pardo para posteriormente chegar a Três Lagoas. Hoje, a história se repete quando o governo federal transfere novamente para o Estado a execução da duplicação da rodovia tão reclamada que dará mais segurança aos seus usuários.

Entretanto, a mesma indagação que se fez em 1984, hoje, também se repete. Por que não começar em duas frentes, ou seja, de Campo Grande a Três Lagoas e de Três Lagoas a Campo Grande? O trecho que será duplicado até Ribas do Rio Pardo, chegando na fábrica de celulose da Suzano,  é tão movimentado quanto toda a extensão dos 334 km que nos liga à capital de Mato Grosso do Sul.

Nada a contestar, pois se trata de uma obra de vultosos gastos, e, é  certo, que a duplicação asfáltica deverá ser executada em toda a extensão da BR-262, mais cedo ou mais tarde, juntando-se à rodovia Marechal Rondon, no sentido de quem vem de São Paulo em direção à Campo Grande e trafega em mais de 660 km nesta rodovia duplicada há mais de trinta e cinco anos.

Portanto, o que a população da região da Costa Leste pede é que seja lançada uma frente de duplicação da rodovia BR-262 de Três Lagoas em direção a Ribas do Rio Pardo, considerando que o governo estadual abrirá processo licitatório para a concessão de outros trechos de rodovias que cortam o estado, como a BR-267, que passa por Nova Alvorada e vai até Bataguassu e a MS-040, que interliga Campo Grande a Bataguassu.

O fato é que se faz necessária a adoção de medidas urgentes para a duplicação na BR-262 entre Três Lagoas e Campo Grande, considerando-se os dados estatísticos que apontam elevados índices de acidentes gravíssimos que redundam em mortes, inclusive famílias inteiras, causando comoção geral e um grande receio, para não falar em medo de motoristas serem colhidos por outros veículos que vêm na contramão de direção, causando colisões frontais sem chances de se evitar acidentes como esses.

O propósito do governo estadual é o de duplicar 870,4 km de rodovias federais que cortam várias regiões de Mato Grosso do Sul. Entretanto, é uma luta contra o tempo, porque quanto mais demora a implantação de rodovias duplicadas, mais acidentes continuam sendo registrados e muitas famílias ficam entristecidas com a partida de entes queridos.

Enfim, as lideranças políticas de todas as cidades da Costa Leste precisam se mobilizar para não falar “se mexer” para sensibilizar o Governo do Estado a abrir prioritariamente uma frente de execução de obras de duplicação asfáltica na BR-262 no sentido Três Lagoas – Campo Grande.  Passados exatos 40 anos, a história se repete.

Mas a insistência de lideranças da cidade deu causa, um dia, ao início da pavimentação do trecho entre Três Lagoas e Campo Grande, quando, então, se trafegava com muita poeira na seca ou barro nos dias chuvosos, enfrentando-se facões altos de terra ou atoleiros que faziam encalhar dezenas de veículos. A abertura de mais uma frente de asfaltamento colocou fim a uma decisão que chegou a ser considerada discriminatória contra a região.