Chineses, indianos, alemães, franceses, italianos, japoneses, o Brasil virou a rota dos investidores internacionais.
Várias empresas internacionais estão sondando o país, para ser a plataforma de expansão da distribuição de produtos e serviços para toda América do Sul.
Por volta de 4.200 empresas alemãs sondaram o Brasil em 2008 e em 2009 o número chega 3.000 até julho, segundo dados da Câmara de Comércio Brasil – Alemanha disponível no site: http://www.ahkbrasil.com/ ou na ABIMEI – Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais.
Os empresários chineses vislumbram o país como um centro de escoamento de seus produtos, provocados pelo tamanho do mercado e base operacional de desenvolvimento de tecnologia, exploração de commodities, recursos naturais e primários para abastecer o mercado chinês. Outro dado relevante: a China é o país do mundo com maior capacidade de investimento da atualidade, elevado volume de reservas financeiras disponíveis, busca conquistar novas fatias do mercado global.
A estabilidade econômica e o potencial do mercado brasileiro são atrativos para investidores internacionais que buscam novas oportunidades.
O Banco Mundial defende o etanol brasileiro como a melhor experiência de manejo ambiental entre os países emergentes, na produção de energias renováveis.
O potencial do mercado brasileiro vão além das visões industriais, além de ser um dos principais produtores de minerais e ter a maior área agriculturável disponível do mundo, começa a surgir negócios florestais renováveis, como fusões ocorridas entre a Aracruz Celulose e Votorantim Celulose e Papel, empresas que têm o compromisso de beneficiar a vida.
Não podemos esquecer temos 1/7 da água potável disponível do mundo. Nossa economia é dinâmica e com o desenvolvimento de áreas esquecidas como a indústria naval que ganha força e a possibilidade de incremento das descobertas do Pré-Sal, desenvolvimento de tecnologia de telecomunicações, dos quais, empresas chinesas estão presentes no mercado brasileiro, gerando renda e emprego, mostram que os investimentos vêem para ficar.
Empresas indianas já estão presentes no país a exemplo da Tata Motors, Tata Consultancy Services, ArcelorMittal, Core Healthy Care, A-Hand, Kasinskv, Aurobindo Pharma Ltda, Reddv Pharmaceuticals, Torrent Pharmaceuticals Ltda, dentre outras, dados obtidos no site do consulado geral da Índia.
O ano da França no Brasil, traz ações positivas para os dois países, desde troca de experiências nas áreas de arte – teatro, audiovisual, música e outros, como em seguimentos estratégicos da economia, defesa, cooperação científica, tecnologia, promoção comercial e atividades acadêmicas.
A França pode ser uma forte aliada para o escoamento dos produtos brasileiros na Europa. Ela vive um momento delicado de sua economia, com volume de desemprego muito alto, portanto, qualquer alternativa de fortalecimento das ações irá refletir nas atividades dos dois países num momento crucial e muito importante da economia mundial. O Brasil já é visto lá fora como um dos países com melhor cenário político-econômico para investimentos internacionais.
Na questão do desenvolvimento sustentável a criação do Instituto Franco-Brasileiro da Biodiversidade e algumas ações da exploração com menor impacto da Amazônia, podem ser visto como um bom instrumento do diálogo de cooperação.
Falando de investimentos internacionais no Brasil, não podemos esquecer dos italianos, a Pirelli do Brasil completa 80 anos no país, além da grande colônia brasileira no país, com certeza é um dos maiores investidores produtivos, com muitas empresas renomadas no mercado internacional. A indústria italiana de defesa e aeroespacial pretende transformar o Brasil em plataforma de exportação para América Latina. Moda, design, culinária e organizada estrutura de penetração de produtos no mercado internacional mostram o peso da Itália na economia nacional. Este é o novo cenário brasileiro que está na rota dos investimentos internacionais.
Welinton dos Santos é economista
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