O combustível da economia é o crédito e ele estará em alta no mês de maior volume de compromissos financeiros das famílias brasileiras. O risco Brasil estava acima dos 220 no final de janeiro e o índice IBOVESPA que estava na casa dos 70.000 pontos termina o mês de janeiro em queda na casa dos 65.000 pontos, oscilações nas Bolsas serão naturais neste mês, provocados por medidas fiscais dos governos dos EUA e da China.
Fim dos benefícios fiscais da linha branca. Alta no preço do: açúcar, arroz, verduras e algumas frutas, em virtude do excesso de chuvas e secas em vários locais do Brasil. Queda nos preços das carnes, do café, do álcool, da soja, carne suína e do petróleo entre o fim de janeiro e início de fevereiro. Uma boa opção no mês é compra de carne de aves que mantém preço inalterado.
Material escolar procure por produtos que não tenham marcas registradas, pois a diferença de um produto com a mesma qualidade pode chegar a 500%.
Pequeno aumento nas taxas de juros dos cheques especiais e cartões de crédito, mesmo com a taxa SELIC permanecendo no patamar atual. O motivo é simples, aumento da inadimplência das empresas e pessoas físicas que ganham mais de R$ 2 mil, mas na população com renda de até dois mil reais houve queda de 24% no índice de inadimplência.
A China, uma gigante da economia, com a maior reserva internacional, na ordem de US$ 2,27 trilhões, além de detentora do maior volume de títulos do tesouro americano, continua diversificando seus ativos monetários, buscando outros títulos em outras moedas fortes na zona do EURO e outros países. Aperto de crédito na economia chinesa para conter a inflação e as possíveis bolhas no sistema financeiro, mesmo assim em 2010 ela terminará o ano como a 2ª maior potência mundial, ultrapassando o Japão.
O Brasil e a Índia começam a ocupar novas posições no contexto da economia mundial. Foi corrigida a tabela de Imposto de Renda da Pessoa Física, portanto a mordida do leão será um pouco menor.
Poupanças acima de R$ 50 mil começaram a ser tributadas em janeiro de 2010. Em aplicações financeiras o momento é de negociar as taxas de administração dos fundos para verificar a melhor rentabilidade.
Apesar da saída de capitais nas bolsas brasileiras nos últimos dias de janeiro e a cobrança de 2% do IOF sobre os investimentos externos, continuará a entrada de recursos do exterior, provocada pela taxa de retorno no País que é uma das mais altas do mundo, com bom nível de segurança passado ao investidor internacional.
O momento é de planejamento e cautela nos gastos, ou na busca de novos ativos financeiros com diversificação de aplicações. Câmbio flutuante com leves altas do dólar em virtude das intervenções do governo americano na regulação do sistema bancário americano, muitos produtos financeiros estão sendo analisados e vários deles serão extintos.
Dívida pública aumenta na maioria dos países, provocando um risco real de desequilíbrios fiscais, bem como uma difícil equação de administração. Vários países da Europa ainda estão com dificuldades para gerenciar a saída da crise.
O mercado de trabalho começa a se reaquecer, dentre os setores que terão destaque sito a construção civil, energia e varejo impulsionando a economia nacional.
A Fundação Bill e Melinda Gates irá receber mais US$ 10 bilhões de dólares nos próximos 10 anos para o desenvolvimento e distribuição de vacinas para os países pobres, além deste aporte de recursos doado por Bill Gates, a fundação já conta com outros US$ 45 bilhões destinados a pesquisa, distribuição e desenvolvimento de tratamentos para diversos tipos de doenças. Brilhante iniciativa no avanço do papel da solidariedade global. O ouro é um ativo que está sendo procurado apesar das dificuldades burocráticas e altas taxas cobradas, mas ao investir neste ativo ter cautela quanto aos rendimentos. Mercado internacional continua volátil.
Welinton dos Santos é economista