Será divulgado nesta semana o índice de qualidade da educação da rede estadual de ensino de São Paulo, o que servirá de base para um bônus concedido aos servidores e professores das escolas –pode-se ganhar até R$ 8.500 de prêmio. Pelo tamanho da rede paulista e sua capacidade de influenciar o resto do Brasil, estamos diante de uma revolução.
Não será obviamente (nem de longe) apenas essa medida que vai melhorar a educação no Brasil. Mas está em jogo a mudança de um olhar diante do professor que, a partir de agora, passa ser sócio do sucesso do aluno e cúmplice do fracasso. Vai ser recompensado no sucesso e punido no fracasso, o que é um estímulo ao mérito.
Todos esses indicadores vão forçar que os governos sejam mais sérios com a educação, invistam mais e melhor, envolvam a comunidade e a família, se preocupem menos em prédios e mais em currículos. Afinal, sem isso, o professor jamais conseguirá ter um bom desempenho.
Por isso, considero que deveríamos ter também um índice de qualidade de secretários da educação que, se não atingido, deveria ter punições, extensivas aos governadores e prefeitos.
Gilberto Dimenstein é articulista e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz