U ma manifestação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em reunião com radiodifusores de vários Estados, nesta semana, em São Paulo (SP), desperta a imprensa para uma tomada de responsabilidade sobre desajustes sociais. Em um protocolo de sugestões, o ministério de Moro mostra balizas de como deve ser o comportamento da mídia séria e comprometida com o país diante de situações que justificam uma cobertura jornalística.
A profundidade ou a angulação de uma manchete, de um texto, o eventual desvirtuamento e, evidentemente, o sensacionalismo geram prejuízos e perdas sociais facilmente medidas.
Moro simplificou em cinco parágrafos um relatório de pedidos que, para esclarecimento, demandariam edições inteiras de jornal. A simplificação, contudo, é eficaz para o entendimento do público, a sensibilização das empresas de radiodifusão e o comprometimento bilateral dos profissionais da imprensa com o público e com a sociedade. Traduzindo: abrir mão de guerrear pela concorrência em troca de contribuir com a formação de uma sociedade mais equilibrada.
Sugere o ministro: que a imprensa envite a divulgação de imagens e manifestações de agressores, a divulgação de nomes e o detalhamento de seus hábitos e personalidade; a aplicação de regras iguais para a divulgação de nomes e informações gerais de vítimas e de agentes de segurança envolvidos em ataques; evitar o compartilhamento de manifestos por meio de redes sociais em textos ou imagens e promover análises de especialistas em saúde mental, segurança pública e demais profissões para eliminar motivações por trás de crimes em massa.
O quarto item do protocolo faz menção ao principal poder da mídia: o de influenciar. Tão importante quanto divulgar uma notícia é saber medir os reflexos que a mesma poderá causar. Traduzindo: a imprensa sensacionalista faz mal à sociedade.
Décadas antes da chegada de Moro ao governo, o Grupo RCN de Comunicação já possui e sustenta estes compromissos com a sociedade e seu público, tendo como meta a informação apenas pela informação, sem exploração de nenhuma espécie.
Também por isso, o compromisso com a sociedade está firmado e ratificado. Foi assim, recentemente, com o caso dos estudantes “do bilhete” (veja reportagem na página 7), por exemplo. Será assim em todas as coberturas, de todas as editorias, com responsabilidade e valores sociais.