Três Lagoas se tornou a 3ª ou a 4ª cidade mais importante do Estado, tornou-se a capital mundial da celulose, recebeu milhões em recursos dos Governos Federal e Estadual e investimentos de bilhões de empresas privadas que estão aqui, e continua uma cidade feia. Falo feia no sentido de que tá faltando “embonecar’ a cidade, torná-la bela. Alguém falou isso na rua e eu achei que caberia bem em nossa cidade. Mulher quando vai sair de casa, passa batom, passa pó, passa perfume, passa brilho, passa rímel etc., e Três Lagoas tá faltando isso, um tratamento de beleza caprichado. É sabido que beleza não é tudo, por óbvio que se entende isso, mas, com o movimento dos bilhões, se esperava mais, e, vemos uma cidade onde as ruas estão esburacadas, o petit pavet das calçadas está todo solto, o asfalto das principais vias está sofrível, não existem faixas nas ruas, não há beleza nas calçadas, os bueiros estão quebrados, as sarjetas em 45º da av. Eloi Chaves e outras está toda estragada e os entornos das árvores viraram depósito de lixo e os bancos de concreto despedaçados. As ruas estão com seus cantos cheios de terra e muitos terrenos públicos estão aguardando uma alma caridosa para limpá-los e transformá-los em algo útil a população. As placas de trânsito e postes de ferro de iluminação estão sem pintura e enferrujados, alguns ameaçando até cair na avenida Olintho Mancini. Os lugares frequentados pelos “atletas amadores” como a calçada do Exército, está feio, o mato cresce, as árvores estão tortas e mal cuidadas, a sujeira diária aparece, e isso torna sem gosto perambular por lá. O lixo permanece nos cestos por longo tempo, quando existem ou não estão quebrados. A Lagoa Maior tá um pouquinho melhor, mas o entorno é esquisito, soturno, sem calçadas adequadas, com terrenos sujos e sem muros. E o chafariz? Cadê? A iluminação pública poderia contemplar uma melhoria nos lugares mais visitados pelos populares, mas não é isso que se vê. Não existem ações para embelezamento das praças, jardins, etc. Veja a praça do alvorada, há muito tempo não se faz uma arrumação naquilo. Não precisamos só de obras físicas que trazem enormes gastos e milhões em investimentos, mas obras sedutoras, aconchegantes, belas, que deixam os olhos felizes. Estamos meio que a mercê do tempo e do vento. Para uma cidade se tornar bela precisamos de ações nesse sentido e para se tornar turística precisamos mudar o esse aspecto abandonado de nossa cidade.
*Antonio Carlos Garcia de Oliveira é promotor de Justiça