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Dia da avó: remédios mais baratos com a isenção de impostos

No dia 26 de julho será comemorado o Dia da Avó. Em muitos lares brasileiros, eles são responsáveis pelo orçamento da casa. Com o que recebem da aposentadoria, sustentam filhos e netos. Por isso, é importante atentar à saúde financeira no período chamado de "melhor idade”. Essa fase não recebeu este apelido de graça. Para quem soube se preparar, é a idade da liberdade, da aposentadoria. Porém, pode ser a idade que pesa para os casais de avôs que não se prepararam para enfrentar os custos extras, como remédios e plano de saúde mais caros, que destroem a chance de curtir viagens dos sonhos.

Existem atualmente no Brasil 14,5 milhões de idosos, segundo o IBGE. Essa parcela representa 8,6% do total da população. Até 2050, cerca de 30% dos brasileiros terão mais de 60 anos. A pesquisa divulgada em junho pelo Bradesco Vida e Previdência revela que 80% das pessoas entre 55 e 73 anos afirmam sustentar as casas onde vivem, contra 19% que afirmam ser sustentadas por parentes. O fato de os idosos serem os principais provedores das famílias está mais evidente na classe C, onde 82% mantêm os lares. Na classe A o percentual é de 80% e na classe B, de 76%.

Mas a sociedade não está preparada para conviver com os idosos, na avaliação de 80% das pessoas entre 55 e 73 anos de idade ouvidas na mesma pesquisa divulgada em junho pelo Bradesco Vida e Previdência. Uma prova disso é a alta carga tributária (35% sobre o valor total) que é aplicada sobre medicamentos que são fundamentais para a manutenção da qualidade de suas vidas.

Os resultados mostram o consumo médio de 2,79 medicamentos por idoso. As classes farmacológicas mais utilizadas são os anti-hipertensivos (21,3%) e diuréticos (11,3%). Isso pode representar valores da ordem de 200 reais mensais perante uma renda mensal inferior a R$ 500. Por isso, a pesquisa de preço é fundamental. De acordo com dados de Conselhos Regionais de Farmácia, a diferença dos preços entre remédios genéricos chega a 200%.

O governo já estuda a isenção ou redução tributária na compra de medicamentos de uso contínuo por parte de idosos com idade igual ou superior a 65 anos (projetos de lei estão tramitando na Câmara dos Deputados) para diminuir o preço dos medicamentos. Os medicamentos visados atuam principalmente em doenças típicas da senilidade, tais como diabetes, aterosclerose, pressão alta, osteoporose, doenças na próstata e no útero, doenças renais e cânceres, mal de Parkinson, Alzheimer. Mas enquanto não chega essa gratuidade da terceira idade, existem opções para economizar.

Uma alternativa para economizar é a Farmácia Popular, programa que oferece atualmente 107 medicamentos até 90% mais baratos para tratamento de doenças com maior incidência no país (hipertensão, diabetes e outros). Para conseguir o remédio, basta apresentar receita médica da rede pública ou particular. Também existe o programa Farmácia Dose Certa, que oferece medicamentos como analgésicos e antiinflamatórios. Para receber o medicamento, basta ter receita emitida por unidade pública de saúde, dentro do prazo de validade e com prescrição do princípio ativo do medicamento.

Marcos Crivelaro é professor PhD da FIAP e da Faculdade Módulo, especialista em matemática financeira e consultor em finanças. Coautor do livro Como sair do vermelho e tornar-se um investidor de sucesso.