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Opinião

Editorial: Esperança de todos

A corrupção tornou-se endêmica no país, como nunca visto na sua história por mais que fatos desabonadores até então tenham sido revelados

Diante da grave crise que assola o país, quando os indícios de  crescimento apontam para a marca do quase zero neste ano de 2015, em consequência da má gestão das finanças públicas da União, os negócios para os pequenos e médios empreendedores possivelmente ficarão praticamente estagnados. Os que atuam nesta faixa da economia estão ansiosos para não dizer quase que deprimidos, porque sentem que esforços foram fragilizados por conta dos desvios milionários anunciados diariamente pela imprensa brasileira. A corrupção tornou-se endêmica no país, como nunca visto na sua história por mais que fatos desabonadores até então tenham sido revelados.

E para nós mortais três-lagoenses quais são os efeitos desta crise sobre as nossas esperanças neste momento, quando insistimos em ver aquecida a economia local? A despeito de tudo que acontece, parece que somos um povo de sorte, porque as perspectivas não são tão ruins quanto as que se afiguram para muitas outras cidades, que viram desmontados canteiros de obras da Petrobras e do governo federal, além de verem, em alguns casos, cancelados empreendimentos de vulto da inciativa privada. É certo que não vamos depender eternamente da construção de grandes obras industriais, porque a economia local deve se estabilizar e crescer na medida em que o país voltar crescer, mais cedo ou mais tarde. Mas, o fato é que devemos nos animar com a perspectiva de ampliação da tradicional fábrica de celulose da Fibria, que deverá sair na frente da Eldorado Brasil, que também pretende ampliar seu parque fabril. A Cargil já anunciou e aguarda a expedição de licença ambiental para dar início a ampliação da sua linha de processamento da soja. Enfim, três grandes empresas poderão seguramente no segundo semestre deste ano fazer de Três Lagoas um canteiro de obras, que certamente poderá ser rotulada de um novo oásis neste pedaço do Brasil diante de milhares de empregos que poderão ser gerados na construção civil, que certamente,  aquecerá novamente o desempenho da economia local. Como a fábrica de fertilizantes nitrogenados é da Petrobras é certo que só depois que a poeira se assentar é que poderemos efetivamente ouvir, sem pressões, a manifestação de seus dirigentes quanto a retomada ou não da sua construção, considerada estratégica para o desempenho da agricultura nacional, que utilizará  insumos processados em solo brasileiro a custos mais baratos dos que atualmente utiliza, considerando-se a nossa dependência na importação destes insumos justamente porque não temos produção suficiente para atender a demanda interna. Na esteira da conclusão desta fábrica, pelo menos, dez processadoras de insumos agrícolas deverão se instalar em Três Lagoas, gerando mais emprego e renda. Enquanto, isso tudo não acontece, verificamos que a construção civil e atividade comercial continuam não tão aceleradas, mas sustentando a economia local juntamente com a pecuária e a atividade florestal que amplia gradativamente o seu maciço florestal na região. Nesse quadro repousa a esperança de todos nós no sentido de amenizarmos os duros impactos das medidas econômicas adotadas pelo governo federal, as quais visam reparar os malefícios da má gestão dos últimos quatro anos.   Esperança e otimismo é o que não nos falta.