Depois de muita espera e percalços, finalmente, o projeto de construção do Hospital Regional de Três Lagoas, que também será Hospital Escola para os acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em Três Lagoas, torna-se realidade.
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, anunciou a liberação de financiamento na ordem de R$ 36 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a execução do projeto. O hospital é orçado em R$ 42 milhões, sendo que R$ 8 milhões representam a contrapartida do governo estadual. Esta parcela seria suficiente para já ter se iniciado a obra. No entanto, diante de tantas incertezas em decorrência da crise econômica que assola o Brasil e para não paralisar a obra por falta de recursos do BNDES, governador entendeu ser mais prudente esperar a liberação de financiamento para dar início ao projeto considerando a sua magnitude. Até porque, depois da etapa da construção civil outro desafio se apresentará que será o equipar o novo hospital para se assegurar o seu pleno funcionamento.
O curso de medicina por si só, assegura o processo de expansão e melhoria na saúde em Três Lagoas e na região. Este hospital elevará Três Lagoas a polo de atendimento na saúde, como hoje acontece com Campo Grande e Dourados, as duas maiores cidades do Mato Grosso do Sul, uma vez que Três Lagoas ocupa a terceira posição em número de habitantes no Estado.
Para se ter uma base da importância desse empreendimento. Atualmente, o curso de medicina da UFMS atende os seus primeiros 50 alunos, mas outra turma iniciará o curso em agosto. Ou seja, em breve teremos mais de 100 alunos, futuros médicos participando do atendimento ambulatorial e hospitalar em Três Lagoas, supervisionados por médicos graduados e professores do curso na UFMS.
Se hoje, o três-lagoense viaja em busca de serviços e atendimentos não oferecidos no sistema público de saúde existente em outras cidades, certamente, em um futuro muito próximo, Três Lagoas viverá situação inversa, pois receberá pacientes de outros municípios.
Com isso, não apenas a população três-lagoense será privilegiada, mas toda a região diante da perspectiva de termos um centro médico de excelência. O Hospital Regional irá ajudar a fomentar a econômica local, seja durante a fase de sua construção que terá, em sua estrutura física, 170 leitos, como também após inaugurado considerando-se o nível de movimentação de pessoas da região na cidade.
É certo que pessoas de toda a região buscarão atendimento na cidade, fazendo movimentar com intensidade setores como de comércio, serviços e a rede hoteleira de Três Lagoas. Muitas cidades do país cresceram por conta de cursos de medicina e de hospitais escolas. Referências em atendimento surgiram, como São José do Rio Preto ou Ribeirão Preto, somente para citar cidades do Estado de São Paulo, constantemente procuradas pelos sul-mato-grossenses.
A notícia do início das obras do Hospital Regional vem para aniquilar o clima de ceticismo, instalado por aqueles que não acreditavam na concretização deste projeto, que juntamente com outros investimentos, como os de expansão das fábricas de celulose Fibria e Eldorado, injetar ânimo no três-lagoense, que, assim como muitos brasileiros, estavam descrentes com o futuro diante de tantos casos de corrupção no governo federal, inflação e arrochos na economia.
São mais R$ 40 milhões que serão investidos na cidade em um período em que todos os setores sofrem retração, os quais se somam aos R$ 15,7 bilhões, que serão investidos pelas fábricas de celulose, além de mais de R$250 milhões com a ampliação da fábrica da Cargil.
Esses investimentos ajudarão contribuirão para um bom desempenho da economia local, e sobretudo, assinalam as grande perspectivas de ampliação na geração de emprego e renda na cidade. Somos uma cidade privilegiada, diante de tantas descrenças e inseguranças que inundam os pensamentos da gente brasileira, que anseia por mais desenvolvimento e melhoria de condições de vida, longe de desmandos e da corrupção que solapa o país.