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Opinião

Editorial: Receita pelos ares

Passageiros não pagam taxa de embarque no Aeroporto de Três Lagoas

Três Lagoas é uma cidade que às vezes apresenta versões hilariantes, como a que foi dada pela administração do aeroporto para justificar a falta de cobrança de taxa de embarque de passageiros. Além do município ser o proprietário do aeroporto, nestes tempos de vacas magras, suporta, graciosamente, para as companhias aéreas o ônus de manutenção da sua infraestrutura para assegurar sua operação. A grosso modo, contabilizado desde a entrada de sua operação até os dias de hoje,o município deixou de arrecadar mais de R$ 650 mil em taxas de embarque de passageiros que utilizam as duas companhias áreas que servem a cidade. Essa importância, certamente, aliviaria as despesas dos cofres da municipalidade, atualmente, impactado pela queda de receita que assola os municípios brasileiros. Difícil de aceitar a justificativa de que se pretende nova vistoria da Anac para se estabelecer classificação aeroportuária para, então, se fixar o valor da taxa de embarque. Ora, se fixássemos a classificação do aeroporto na menor escala preconizada pela Anac estabelecendo valor para a taxa de embarque, já teríamos arrecadado mais R$ 650 mil em consequência do número de passageiros aqui embarcados. Esse dinheiro certamente contribuiria para o pagamento de pessoal que trabalha no aeroporto, despesas com  energia elétrica, gasta e paga com o dinheiro de todos os munícipes, assim como, se sobrasse algum, certamente, haveria dinheiro para climatizar  todas as alas do saguão de embarque e desembarque de passageiros. O certo é que a secretaria municipal que administra o aeroporto está perdendo tempo e dinheiro, se pretender continuar esperando a Anac para classificar o aeroporto que nem é dela, para depois cobrar esta taxa que representa substancial receita para a municipalidade. Bastaria uma portaria ou resolução editada pela prefeitura para se fixar valores da taxa de embarque, os quais poderão ser os mesmos que a Anac pratica para de pronto, o município auferir mais uma receita. Será que vamos continuar jogando ou desperdiçando  dinheiro pelos ares, em vez de estabeleceremos uma nova receita, que vem pelas vias aéreas que cruzam os nossos céus?