Poucas vezes, governadores que assumem pela primeira vez, em janeiro do ano que vem, e os reeleitos, buscaram tanta sintonia com o governo federal como ocorre atualmente. É uníssono entre os novos chefes do Executivo estadual que é preciso haver mais sintonia com o governo federal – e que isto só é possível, agora, com a eleição do presidente Jair Bolsonaro. Antes, não, dizem.
O governador reeleito de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, repetiu, nesta semana, que busca esta sintonia, mas de maneira fina, por setor. Na saúde, por exemplo, quer que seu novo secretário seja conhecido, primeiro, pelo futuro ministro da pasta, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta. Evidentemente que não agirá desta maneira em todas as áreas da administração, mas é um passo adiante no quesito sintonia Estado/União.
Até mesmo governadores nem tanto alinhados com Bolsonaro, como o mineiro Romeu Zema e o fluminense Wilson José Witzel, buscam sincronização de ações com o novo governo. E como todos os que andam nessa trilha, querem saber – e acompanhar – os rumos do governo Bolsonaro.
No Legislativo, onde a disputa de espaços é constante, também há sinais de que o novo governo terá seguidores em número mais elevado que seus antecessores. Diversos partidos já manifestaram apoio a Bolsonaro e, como sempre foi, irão acompanhar bem de perto as ações do presidente eleito e de seus ministros para saberem se continuarão ou não apoiando seu governo.
Esse acompanhamento é normal, natural em política. Antes não se critica e no início de governo se presta todo apoio. A sequência desse apoio no restante do mandato, contudo, depende de resultados positivos.
No caso de Bolsonaro, o resultado das urnas também pesa e até quem não apoiou diretamente sua eleição sabe que precisa acompanhar, ao menos minimamente, o começo de seu governo.
Para o cidadão comum e o empresariado, esta sintonia tem que se traduzir em crescimento, além do trabalho pacífico que os poderes devem desenvolver.