Foi necessário pouco mais de dez anos para que a internet mudasse completamente a dinâmica de praticamente todas corporações, sejam elas de pequeno ou grande porte. Seguindo esta linha, o perfil dos profissionais também sofreu mu danças, principalmente daqueles das áreas de TI e telecomunicações. A convergência de estrutura não é apenas uma tendência do mercado corporativo, mas certamente a solução que muitas empresas encontraram para balancear a contenção de despesas e recursos aliado ao crescimento da marca. Sob esta prerrogativa, somos inseridos num novo cenário e vislumbramos novas possibilidades, porém nem sempre atendidas por deficiências e carências da oferta de mão de obra com formação e com as competências requeridas para a este novo mercado de trabalho que surge.
Apesar da tecnologia estar revolucionando o mundo deste início de século, competências ainda não plenamente desenvolvidas por profissionais da área de TI e telecom podem limitar o crescimento e maturação das solu 1;ões de comunicação unificada. O mercado já nos deu claros sinais de que está preparado e necessita da convergência das novas tecnologias de comunicação, porém, o setor não acompanha esta evolução. Faltam profissionais de TI e telecom, vendedores especializados e outras pessoas aptas para transmitir ao cliente suas reais necessidades e possíveis soluções.
Neste ponto surge outro empecilho. O uso de termos inadequados a realidade do cliente certamente dificulta processos que a princípio seriam simples. A utilização de termos técnicos não deve atrapalhar a comunicação entre técnico e cliente, sendo necessário maior desenvoltura e flexibilidade daqueles que prestam serviços e fazem o atendimento direto ao usuário.
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Uma rota que algumas empresas prestadoras de serviços tem adotado é o treinamento interno de seus funcionários. Porém os custos que esta iniciativa demanda faz com que ações tomadas neste sentido ainda aconteçam de forma tímida.
Não tenho dúvida de que nos próximos anos tudo será comunicação unificada, esta é uma realidade para a qual não há mais volta. As empresas prestadoras de serviços, neste primeiro momento, terão de se adaptar a este cenário capacitando seus funcionários, a fim de acompanhar a evolução natural do mercado. Entretanto, a tendência é que com o passar do tempo o nível de especialização seja maior e este segmento esteja mais maduro, o que exigirá mais das empresas e de seus profissionais.
Luciano Menezes é diretor comercial e de marketing da operadora Tesa Telecom.
