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Editorial

O Brasil tem pressa

Leia o Editorial do Jornal do Povo deste sábado (24)

Projeto da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado - Divulgação/Agência Brasil
Projeto da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado - Divulgação/Agência Brasil

A tramitação acelerada do projeto da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado não foge em nada à necessidade que o país de outras reformas. Em uma situação que se agrava por minuto, senadores da maioria dos partidos admitem votar o texto como saiu da Câmara dos Deputados, na volta do recesso, para envio urgente ao presidente Jair Bolsonaro. Será o rito perfeito, desejado por quem já sabe há tempos que o país precisa desta reforma, mesmo ao custo de sacrifícios.  

E não é só. O país precisa do empenho absoluto da classe política da mesma maneira que exige abnegação de trabalhadores e empresários. Aos políticos, neste momento, a exigência é para que aprimorem as propostas de Bolsonaro para as reformas e constituam, com o governo, força capaz de alterar o que não dá certo, como a insuportável carga tributária. O país tem pressa que uma reforma complete a outra. E a tributária é igualmente urgente! 

Se pela unificação de tributos, visando o combate à burocracia, ou pela redução de alíquotas, não há razão sólida para impedir que a reforma tributária se perca pelo caminho, como por pouco não ocorreu com a da Previdência. Opositores ao governo quase fizeram a proposta desandar por conta de não quer ver aprovada uma proposta que viabiliza o Brasil. E, por consequência, o governo do presidente.

A apresentação da lista de estatais colocadas à privatização, nesta semana, é muito mais que o cumprimento de uma promessa de campanha. É o fechamento do cofre público à gastança desmedida com empresas que não funcionam como deveria e que ocupam parcelas do mercado que poderiam viabilizar a geração de impostos e a abertura de vagas de emprego. Os Correios, por exemplo, que não recolhem tributos e estão apinhados de gente, sem conseguir reduzir níveis de inexplicáveis prejuízos sendo empresa monopolista.

Somada às viabilidades possíveis com as reformas, as privatizações darão abertura a canais interrompidos há décadas – isto, entre outros efeitos de má gestão e desmandos. A modernização da Previdência, o combate à burocracia e peso tributários e o fim da sangria de estatais que sobrecarregam o custo do governo são medidas que um Brasil apressado não vê a hora de comemorar sua efetivação e de colher frutos de decisões acertadas.