Grandes jornais norte-americanos surpreenderam o mundo, nesta semana, ao publicarem que iniciaram uma campanha conjunta e inédita de combate às notícias falsas, as fake news, com verificação absoluta de fatos noticiados ou de declarações de autoridades. O poderoso “Washington Post” publicou, nesta semana que o presidente Donald Trump é o maior disseminador de notícias falsas ou distorcidas nas redes sociais, com mais de 4.200 postagens ou afirmações dignas de dúvida. Se Trump é isso, imagine o que serão internautas brasileiros, políticos e seus partidos, e afins, que fazem da rede mundial de computadores uma farra das fake news.
No Brasil, o combate encontra apenas uma trincheira de combate: as associações e entidades não-governamentais, que tentam fazer internautas terem cuidado o que republicam ou simplesmente publicam por seus próprios interesses. Na mesma trincheira aparecem alguns representantes do Poder Judiciário. E só. O trabalho, agora, ganha um pouco de força com a entrada de emissoras de alcance nacional – jornais, rádios e tvs nas ações de combate às postagens de notícias ou fatos que não são verdadeiros.
Agora, às vésperas das eleições, não será novidade haver postagens de “notícias” de candidatos ou partidos, pelo bem ou pelo mal, para iludir ou conquistar o eleitor. E quem fará combate aos geradores de fake news, se não a imprensa séria e as autoridades? O próprio internauta. É ele, que terá de fazer essa filtragem e deletar o político, se for o caso, nas urnas.
Deve, ainda, barrar a disseminação de notícias falsas, filtrando veículos de comunicação que publicam inverdades, além de coibir a propagação de fakes. Agindo com racionalidade, o internauta contribuirá para que as redes sociais não sejam propagadoras de inverdades, que não merecem seques a leitura de quem tem pelo menos discernimento mediano. A web não pode se transformar em latrina.