Quando chega dezembro, o comércio varejista se esmera para conquistar mais freguesia e aumentar as vendas; o atacadista tenta esvaziar estoques e a indústria se apressa com as últimas entregas. Neste final de 2018, exclusivamente pela troca de governo, em janeiro, os esforços para o cumprimento de metas são maiores. Entrar no próximo governo também exige solidez de planos, além de caixa controlado.
A renovação política do governo federal é vista como positiva, não apenas pelo resultado da eleição presidencial, mas pela necessária modificação do modo de governar – algo que o brasileiro demonstrou com força nas urnas, nas ruas e nas redes sociais por estar, inclusive, cansado de apenas pagar a conta de sucessivos erros de governantes que ocuparam o cargo que será de Jair Bolsonaro pelos próximos quatro anos.
Trabalhando, e atentos ao noticiário, empresários do comércio, da indústria, agronegócio, prestadores de serviços e trabalhadores em geral acompanham o anúncio dos novos ministros. E o que se vê é o cumprimento de promessas que o presidente eleito fez durante a campanha. Nenhum dos indicados para os ministérios foge das regras de ter ficha limpa, característica técnica e trânsito liberado entre os poderes. A única possível “observação” é a quantidade de indicações de militares. Até agora, contudo, nenhuma rejeição.
Independentemente disso, patrões e empregados sabem que precisam se empenhar para continuar sobrevivendo e crescendo. A formação do novo governo não é e nem será causa para ninguém deixar de produzir e trabalhar. Ao contrário, a necessidade é trabalhar mais e com produtividade maior.
Se esmerar agora para bater meta é apenas uma das obrigações de quem quer, ao lado do presidente, buscar soluções para os problemas do país. Combater o desemprego, por exemplo. Até mesmo o combate à corrupção e os desmandos passam pelo empenho dos brasileiros, que precisa se manter alerta. O presidente e todo o novo governo carecem dessa atenção.