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Opinião

"O futuro do trabalho"

O mundo atual passa por momentos de transformações, dentre eles a razão do trabalho será modificada.
Quanto maior for à rede de transmissão de conhecimento e informação, maiores serão as oportunidades potenciais de diminuição das desigualdades sociais, afetando diretamente as relações de empregabilidade das nações.
A mudança é rápida e os movimentos de redes de conhecimento definirão o futuro das ocupações profissionais.
Práticas desta cadeia de distribuição permitirão o aumento da cidadania e este processo em cadeia permitirá uma orientação ao mundo novo do trabalho. 
O futuro será marcado por profissionais mais criativos e interagidos.
Apesar de ceticismo por parte dos especialistas do assunto, deixo claro que muitas organizações buscam soluções de emprego para a Humanidade.
O desemprego tenderá a ser alto nas economias desprovidas ao acesso da educação, do conhecimento e da informação simultânea. 
Para os profissionais operacionais, com menor nível de educação, alternativas como a criação de bancos do povo, empresas sociais, programas de agricultura familiar, cooperativas de artes, projetos de economia solidária, cooperativas de serviços, podem auxiliar a criar redes de ocupação, abordando nichos mercadológicos ou praticando o utilitarismo, como ferramenta para combater o tradicionalismo das profissões. 
Nas profissões ligadas ao conhecimento, devo ressaltar que existirá ainda por algumas décadas a necessidade de mão de obra direta operacional para recuperação de áreas degradadas, desenvolvimento de técnicas de aquacultura, dentre outros. 
Novas áreas de ocupação como: das ciências da nutrição (engenharia de alimentos, outros), a biomedicina, a genética, a ciência do desporto, a neurociência, conselheiros de finanças pessoais, telemedicina, teleserviços, logística operacional de atendimento aos efeitos climáticos, tecnologia verde, programas de energia renovável – reuso da água e busca de energias alternativas ecologicamente corretas são de suma importância para recuperação de nosso Planeta. 
Desenvolvimento do setor de educação de interação social pode auxiliar na divulgação e ampliação do setor artístico de valor agregado, promovendo o crescimento do conhecimento e provocando a conscientização da necessidade do crescimento do emprego verde, que podem gerar milhões de empregos.
Tecnólogos de criogenia (ramo da físico-química que estuda tecnologias para a produção de temperaturas muito baixas), coordenadores de projetos, administradores de infossistema (consultores de sistema de informações especializado em análise de processos), técnicos de desenvolvimento químico (em processos de fabricação de sabão biodegradável, outros), técnicos e engenheiros para desenvolvimento e exploração da biomassa na agricultura, profissionais na área de energias alternativas (como eletricidade sem fio, energia eólica – ventos, aquecedores solares), engenharia de produtos, nanotecnologia, especialistas na preservação do meio ambiente, especialistas de ensino a distância, gestor de relações com o cliente, farmofazendeiro (juntar habilidades agrícolas as farmacêuticas), engenheiro de tecidos celulares (fabricação de órgãos humanos artificiais), biotecnologia, escritores virtuais, gestores de redes de contato, dentre tantas outras profissões, surgem no mercado de trabalho atual.
A área de turismo ainda acanhada no Brasil e em vários países pode ser uma fonte alternativa de ocupações profissionais. 
Implantar sistemas de empreendedorismo, criar núcleos de criatividade, cooperativas de exportação são pequenas ações que impulsionam o emprego. 
O nível de abrangência das capacidades individuais e coletivas é que determinarão as futuras ocupações profissionais, mas que estas sejam sempre baseadas em realidades de respeito à natureza e ao Homem para a conquista da sustentabilidade.

Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo