A chegada da pandemia, sem exagero, veio acompanhada com muitos sentimentos para todas as pessoas do mundo.
No contexto acadêmico, quando o ano letivo recém começou, todos foram pegos de surpresa. Ansiedade, medo, incerteza e expectativa sobre como os processos seriam conduzidos permearam a mente e a vida dos estudantes, docentes, gestores e demais envolvidos das Instituições de Ensino Superior (IES).
Algumas paralisaram, porém outras iniciaram uma corrida em busca de ferramentas digitais e formas de alcançar os acadêmicos e não permitir que houvesse perdas, pois afinal, as IES trabalham com sonhos. E o maior deles é o diploma de graduação.
Com a missão de entregar à sociedade egressos diplomados de seus cursos com formação de excelência nas diferentes áreas de conhecimento, conforme o tempo planejado em seu calendário acadêmico, além de seguir as diferentes portarias e orientações governamentais as IES passaram a testar, usar de forma efetiva e ampliar seu conhecimento empírico sobre os recursos digitais disponíveis tanto nas suas instituições quanto no mercado.
Com toda certeza este momento marca a vida dos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem do Ensino Superior com as oportunidades por meio dos desafios e possibilidades em desenvolver as chamadas competências digitais. Um tema de estudo científico nada recente, mas que se torna o centro nervoso e de exploração em pesquisas e publicações na busca de oferecer caminhos, respostas e apresentação do chamado novo normal, já pensando no futuro pós-pandêmico.
O uso das tecnologias digitais como quase a única forma de possibilitar o contato entre as pessoas nos diferentes contextos e em especial na educação, trouxe para a sociedade novos comportamentos demonstrados em sua forma de vida, relacionamentos, comunicação, aprendizagem e geração de novos conhecimentos. Para tanto, passa a ser indispensável não somente ser alfabetizado digitalmente, ou seja, conhecer ferramentas, saber da sua existência, usar algumas socialmente, mas surge de forma intensa e real a necessidade de ser letrado digitalmente, ter conhecimentos desenvolvidos e aplicáveis que mudam seu cotidiano e contribuem para suas atividades nas dimensões: informacional, tecnológica, multimídia e comunicativa e nesse sentido a IES passa a ser o vetor dos conhecimentos para que o sonho do diploma já venha contextualizado com esta realidade.
Os estudantes e docentes aprenderam a despertar suas habilidades para uso dos recursos digitais. Adaptaram-se aos formatos de avaliações online, aulas remotas, lives com temáticas de aprofundamento de conteúdo, contatos via chat ou participações ao vivo entre tantos outros aprendizados que em seus estágios, práticas docentes puderam se exercitar e vivenciar uma formação com um diferencial que valerá em muito para sua carreira.
Sim, o sonho não acabou. O diploma chegará nas mãos de muitos que juntos com as IES enfrentaram este tempo. Mas a carreira que aguarda cada egresso exigirá a busca maior e constante do desenvolvimento das competências digitais. Alfabetizar-se e letrar-se digitalmente não será mais uma escolha, mas uma necessidade para a prática profissional, principalmente aos formados na área da Educação.
A IES também continuará sua jornada. Sua dinâmica de trabalho se manterá intensa e desafiada em todo tempo como aprendente a desenvolver formas de permanecer sendo instrumento de realização de sonhos, realizados com a entrega de muitos diplomas e por meio deles, levar transformação e avanço para a sociedade através dos profissionais que se tornarão seus egressos.
*Elaine Oliveira Santos é Pedagoga, especialista em Dinâmica dos Grupos e professora da Área de Educação, da Escola Superior de Educação, do Centro Universitário Internacional Uninter