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O três-lagoense e o lixo eletrônico

Três Lagoas deu um passo importante para a sustentabilidade

Três Lagoas deu um passo importante para uma cidade no que refere-se à sustentabilidade. A cidade, uma das poucas a contar com um aterro sanitário já instalado, também será uma das primeiras a implantar a coleta seletiva de lixo em Mato Grosso do Sul.

O projeto, no entanto, não tem nada de novo. Há mais de dez anos, a cidade vinha discutindo a implantação da coleta seletiva de lixo. Estudos foram feitos, mas sem grandes avanços. O projeto só saiu do papel quando o governo federal impôs o fim dos lixões no Brasil como regra e não mais exceção.

A medida que deve começar a funcionar a partir da próxima semana vai mudar a forma com que o três-lagoense vê o lixo que produz diariamente. Agora, materiais que podem ser reciclados deverão ser separados, cerca de 40% de todo o lixo produzido, que gira hoje em torno de um quilo por pessoa ao dia.

No entanto, não é apenas o lixo doméstico que devem receber atenção especial. O lixo eletrônico também preocupa, ainda mais agora onde aparelhos eletrônicos como celulares e computadores e seus acessórios estão se tornando cada vez mais descartáveis. Por lei, a empresa fabricante é obrigada a receber o equipamento não mais utilizado de volta. Porém, é sabido que na prática não é bem assim que funciona.

Três Lagoas teve, no passado, boas iniciativas neste sentido, como a campanha da coleta de pilhas, baterias e lâmpadas.  Em troca, o doador recebia um pacote de biscoito através de uma parceria feita com uma indústria local. O projeto obteve nos anos, em que fora realizado saldos positivos de doação, mas com o tempo foi esquecido, tanto pela administração quanto por parte da população.

Sabe-se que, para manter um projeto deste, demanda uma série de investimentos que muitas vezes o município não dispõe,ou não prioriza, uma vez que o Meio Ambiente é muitas vezes deixado de lado.

No entanto, o que nota-se também é falta de boa vontade para firmar parcerias com empresas que realizam reciclagem desse tipo de material e promover mutirões. Brasilândia saiu na frente neste quesito e já anunciou postos de coleta de lixo eletrônico. Enquanto isso, Três Lagoas, uma das cidades que mais se desenvolve no Estado, ainda encontra em seus aterros grande volume de materiais eletroeletrônicos. Uma das saídas seria envolver mais as indústrias aqui implantadas para desenvolver ações neste sentido. Não é possível que essas empresas, que tem entre suas bandeiras a questão da sustentabilidade, não apoie ações neste sentido, desde que o projeto seja bem elaborado.