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Opinião

O vandalismo atemoriza

Escola municipal amanhece com suas dependências depredadas

Ontem a escola municipal Marlene Noronha, que atende alunos do bairro Vila Verde e adjacências, amanheceu com suas dependências administrativas – secretaria e sala da direção, depredadas pela ação de vândalos, que rondam lugares onde podem deixar a marca da agressão contra toda a sociedade civil. As escolas representam o templo de saber, onde desde a mais tenra idade a criança busca obter formação para caminhar e crescer na vida e tornar-se célula ativa da comunidade onde vive, desempenhando atividades para as quais dedicou anos e anos de estudos. Portanto, inconcebível aceitar passivamente qualquer ato de vandalismo contra escolas, que constituem patrimônio público que é de todos. Há quase três anos passados, a escola municipal, Flausina de Assunção Marinho foi incendiada e os  autores até hoje não foram identificados. E, para agravar a situação, a escola não foi reconstruída até hoje. Os alunos moradores do bairro Santa Rita, diariamente são transportados em ônibus para a região central da cidade para assistirem aulas na antiga escola estadual João Ponce de Arruda. O transtorno é grande, quando chove as crianças não têm abrigo suficiente enquanto aguardam a chegada do transporte escolar. E, até hoje não se sabe se no ano que vem os alunos estudarão na escola do bairro que certamente deverá ser reconstruída. Mas, o que chamou atenção no episódio do vandalismo perpetrado contra a escola municipal Marlene Noronha, foram as declarações da diretora da escola, que textualmente disse repudiar a administração municipal, porque deixou sem guarda durante o período noturno o prédio da escola, cujos serviços de guarda e vigilância eram prestados por empresa privada, que a informou que retirava o guarda da escola, porque os seus serviços estavam sendo suspensos por falta de pagamento. A acusação é grave, porque se efetivamente esta foi a causa nada justificada essa circunstância, uma vez que a ausência de um segurança em período noturno em tempos de ameaça contra o patrimônio público é uma temeridade. Como estão sendo instaladas câmeras para o serviço de monitoramento que será feito na cidade pela polícia militar estadual, certamente, se o município investir neste setor, poderá suspender os serviços de segurança de um guarda nas escolas e prédios públicos do município. Mas, o certo é que a administração municipal não pode desguarnecer os próprios públicos, construídos e mantidos a duras penas em tempo de dificuldades financeiras em todos os níveis da administração pública. A diretora em entrevista elogiou o secretário de Educação, que disse ser impotente para tomar decisões, porque não é ouvido pela prefeita, que acabou ficando com todos os ônus da falta de vigilância na escola.  Mas, reações mais fortes da que foi externada pela diretora da escola poderão surgir, se o fato se repetir em outro estabelecimento da rede municipal de educação. Para estancar ações de vândalos não há outro remédio, senão o de designar para cada escola guardas para vigiá-las quando estiverem vazias ou, então, aparelhá-las com câmeras de monitoramento integradas às da polícia militar. Caso contrário, corre-se o risco de se ver vândalos continuarem atemorizando a sociedade organizada e ordeira, que quer viver numa cidade com mais segurança e menos ameaça.