* Por Camila Leoni Guimaraes e Carolina Lemes Runichi
A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo, causado quase sempre por consumo de calorias superior à quantidade necessária para a manutenção do metabolismo e a realização das atividades do dia a dia.
Com o avanço da tecnologia, novos hábitos estão tomando conta da vida dos brasileiros. Ficar parado por horas em frente à televisão ou ao computador e substituir alimentos feitos em casa pelo famoso e calórico “fastfood” são alguns dos principais fatores responsáveis pelo excesso de peso e pela obesidade no Brasil. Por outro lado, segundo pesquisa do IBGE, a cesta de compras dos brasileiros é influenciada pelas crianças, com a aquisição de biscoitos, doces e pães, quando acompanhadas da família na ida ao supermercado.
Pessoas com obesidade ou sobrepeso têm maior probabilidade de desenvolver doenças como pressão alta, diabetes e problemas respiratórios. Uma vez que se observa o crescimento de doenças como estas, a obesidade torna-se uma questão de saúde pública, pois acaba custando caro ao Estado.
Para amenizar o problema, o governo poderia criar projetos para combater o crescimento da obesidade. Um grande passo seria a reeducação alimentar nas escolas para que, desde pequenas, as crianças adquiram hábitos alimentares saudáveis, como o consumo de frutas, fibras e hortaliças. Paralelamente, poder-se-ia investir em atividades físicas para, consequentemente, reduzir a obesidade na infância e melhorar a saúde nas gerações futuras.
Além de ocasionar doenças severas, a obesidade provoca a redução da autoestima: as pessoas com excesso de gordura sentem-se insatisfeitas com sua aparência física. Um episódio que ilustra bem essa situação é o caso de duas professoras de Itapevi-SP, que foram reprovadas na perícia médica de um concurso da Secretaria de Estado da Educação por serem obesas.
O problema parece agravar-se ainda mais quando se trata do grande dilema atual: adequar o corpo aos padrões estéticos difundidos pela sociedade e impulsionados pela indústria Fitness. Isso tem levado pessoas que estão acima do peso a optar por procedimentos estéticos e cirúrgicos arriscados e dietas rigorosas que, ao invés de ajudar, prejudicam ainda mais sua saúde.
Como medida para enfrentar a situação – que é de âmbito mundial –, o governo britânico, por exemplo, financiou aulas de dança ao ar livre para mudar o estilo de vida sedentário da população do país. Uma ótima alternativa para motivar crianças e adultos obesos a praticar exercícios em momentos de lazer, e, melhor que isso, é de graça. No caso do Brasil, conscientizar as pessoas sobre a importância da alimentação saudável e da prática de exercício físico também poderia reduzir índices de obesidade. Mudar a alimentação nas escolas e investir em campanhas por uma alimentação saudável são maneiras simples de reduzir um problema causado por hábitos de famílias que fazem de suas refeições uma arma contra a saúde.