O Grupo RCN de Comunicação lançou, nesta semana, uma campanha de busca por apoio pela instalação do “botão de pânico” em Três Lagoas. A campanha #mulherprotegida é uma iniciativa inédita, que pretende levar a reivindicação ao governo estadual por meio de manifestações de pessoas da sociedade, personagens públicas e autoridades e com base em informações policiais sobre o terrível drama das mulheres três-lagoenses, vítimas frequentes de violência.
Os dados e registros das polícias, por si, seriam suficientes para a iniciativa. São quatro registros diários de ataques a mulheres por motivos absolutamente banais. O fim de relacionamentos amorosos é o principal deles, com aumento aterrorizante do nível da violência e dos assassinatos em menos de um mês, no início do ano. O consumo de álcool figura como um dos hábitos que mais turbinam desavenças entre casais, além de outros ingredientes.
É sabido que a vinda de aparelhos do sistema de sinais via GPS à cidade não irá resolver o problema da violência. Poderá, sim, dar mais segurança às mulheres ameaçadas e contribuir no cumprimento de medidas protetivas, que determinam que agressores se mantenham distantes.
Com o sistema que já funciona em Dourados e em Campo Grande, a mulher três-lagoense poderá acionar a Polícia Militar a qualquer sinal de que o agressor se aproxima e, mais ainda, poderá buscar trabalho com mais tranquilidade e, por fim, se livrar da dependência financeira do criminoso.
Fazer chegar esta reivindicação ao governo estadual, com envolvimento de representantes de todos os segmentos da sociedade é mais que um desafio para um grupo de comunicação. É o cumprimento de uma função social envolta em responsabilidade social.
A #mulherprotegida deve ser compartilhada em redes sociais, sites e blogs para uma contagem global de apoiadores. Além disso, é possível haver adesões, apoios pessoais e manifestações em geral à iniciativa.
Editorial