Popularidade se conquista ao longo do tempo com atos e fatos, que, medidos pelo termômetro das ruas, irão colocar o avaliado em boa ou má situação.
No caso do presidente Michel Temer, considerada a forma pela qual assumiu os destinos da Nação, certamente, nem tudo serão flores. Mas, nem ele próprio se ilude com a possibilidade de alcançar ou não níveis de aprovação. Quem acompanhou o noticiário sobre sua trajetória na Câmara dos Deputados e como vice-presidente, certamente, concluirá que se trata de um cidadão diferenciado daqueles que venderam um discurso de facilidades para colher os louros dos resultados das urnas.
Entretanto, depois de longos anos, verificou-se que malversaram a coisa pública, saquearam as grandes empresas do país, notadamente, a Petrobras, além de usarem os fundos de pensão para operações escusas, abalando a solidez de seus ativos. Enfim, deixaram a Nação em estado de penúria diante de tantos “negócios” que fizeram na penumbra, dentro e fora do país.
Surpresos pelo noticiário com o tamanho da desfaçatez e desenvoltura de como agiram no estrito interesse pessoal e de seus partidos, incluído, alguns coligados, sacando e fazendo negócios dentro da estrutura do Estado sem qualquer cerimônia não restou ao brasileiro bradar e protestar contra essa gente, que se espera ver reclusa por um bom tempo.
Temer, nesta quadra difícil da Nação, não se cansa em dizer que se dará por satisfeito se conseguir e for lembrado de que foi o presidente que conseguiu restabelecer a ordem econômica e a saúde financeira do Estado brasileiro. Ninguém desconhece o quanto se encontra combalida a finança dos Estados da federação e de um considerável número de municípios. A gastança ao longo dos anos foi desbragada. A lei que estabelece teto para gastos, incluídos os reajustes de servidores, veio a bom tempo.
A sociedade brasileira reclama há bastante tempo por um ensino mais eficiente nas escolas, por mais saúde, segurança, entre tantas outras necessidades que fazem do trabalhador brasileiro – homens e mulheres, uma legião de desolados pelo desemprego.
A legislação trabalhista no país precisa evoluir para deixar de atrapalhar as boas relações que devem coexistir entre empregados e empregadores. Entretanto, sindicatos vinculados ao partido da estrela vermelha que deixou de brilhar, dificultam a implementação de novos mecanismos que permitirão o estabelecimento da livre negociação para a jornada de trabalho, entre outros avanços. Ninguém preconiza a revogação de direitos e garantias consolidadas. Mas, é certo que é preciso evoluir nestas relações para a retomada do emprego e do desenvolvimento.
Portanto, se o presidente Temer continuar com vem fazendo ao prescrever remédios amargos, mas que surtirão efeitos, assim se espera, é claro que o impopular de hoje, haverá de ser pelo menos o reconhecido e capaz presidente que restabeleceu a retomada da normalidade nas relações entre os poderes, e, sobretudo, no desenvolvimento que o país tanto acalenta retomar.
Popularidade é uma questão que se julga na linha do tempo, principalmente, quando vivemos tempos difíceis.