Os professores japoneses não precisam curvar-se diante do imperador, assim como os padeiros de Viena podiam portar suas espadas frente a seu imperador, pois, certa feita, na madrugada, deram alarme sobre uma a invasão turca que se iniciava sobre a cidade.
Os professores, em reconhecimento por seu serviço em prol da sociedade japonesa, têm aquele privilégio. No Brasil é diferente, pois, há um estamento social que, mesmo sendo um dos esteios da Nação, é objeto de sistemática tentativa de desmoralização. É o fazendeiro, o produtor rural.
O sucesso dessa campanha é tal que, em sua identificação, o homem do campo evita usar a expressão tradicional “fazendeiro”. Por falta de méritos positivos não é que essa classe seja, perversamente, satanizada.
De 72 para cá, se dobramos a área cultivada, nela triplicamos a produção. O plantio direto e a entre-safra acabaram com a monocultura e transformaram os plantios em áreas fixadoras de Carbono. Entretanto, o ato de preparar a terra, antes denominada de “beneficiar a terra”, é chamada hoje, em certa mídia e universidades, como “devastar”, ainda que não se plante no ar, mas sobre o solo limpo, após a retirada do Cerrado e Matas.
Surgiu a idolatria da árvore, a serviço de um eco colonialismo, para entravar e satanizar a produção alimentar brasileira. Certo ecologismo de asfalto quer verbas, poder e alimentação abundante, mas parece pensar que o leite dá no saquinho. Seu poder é tal que, certa feita, disse o Zeca do PT, então governador: “se fossemos fazer hoje a estrada de ferro que corta o Pantanal até Corumbá, as Ongs não deixariam nem discutir o assunto.”
Belo Monte? Será para o Brasil do futuro o que hoje é Itaipú na atualidade e vejam as tentativas de entravá-la, coordenadas pela mesma instituição envolvida na criação da “nação guarani” em nossas fronteiras… Sabe-se que três forças mobilizam a militância eco maledicente: a ideológica, a geopolítica e a neurótica, manipulada esta pelas forças anteriores.
A ideológica busca fragilizar a segurança jurídica da propriedade privada que realizou nosso extraordinário avanço na produção alimentar; a geopolítica, de origem externa, que busca entravar uma agricultura superior e com a qual não pode concorrer, mesmo subsidiada com um bilhão de dólares por dia; a neurótica, que inspira aqueles manipulados, empenhados em por na “mãe natureza” o cinto de castidade que, na infância, queriam vestir na mamãe, motivados pelo ciúme edípico, natural na infância, mas neurótico no adulto.
O fim da monocultura, com a multicultura anual; a fixação de carbono, com o plantio direto; a diminuição do uso dos agrotóxicos, com o plantio dos transgênicos; a maior produtividade, nada satisfaz a comunidade neuro-ideológica. Democracia é isso, leitor, cada um escolhe o seu lado, uns construtivos, outros, que o leitor os denomine. Quem muda uma dinâmica que vem desde o tempo de Cain e Abel?