As profissões passam por mudanças no momento em que a sociedade começa a refletir sobre o desenvolvimento sustentável.
Vários novos campos de atuação começam a surgir, onde havia intenções, hoje começam a existir realidades.
Os agentes ambientais nos mais variados seguimentos empresariais, fazem necessários um novo perfil funcional, em que o conhecimento formal ou informal tem valor prático.
A flexibilidade no tratamento da questão é importante para a nova realidade.
A permacultura é um exemplo que têm mais de 10 mil praticantes e 220 professores trabalhando em tempo integral, que consiste em uma área de trabalho nova em que buscam sistemas de florestas produtivas para substituir culturas como a soja, trigo e milho responsável por parte do desmatamento mundial, imitando e observando florestas naturais, foi detectado ser possível criar sistemas produtivos, com certa estabilidade e ainda recuperar o ecossistema. Outras informações podem ser obtidas no site http://www.cca.ufsc.br/permacultura/.
Tecnólogos ambientais, engenheiro ambiental, coordenador de meio ambiente, coordenador de projetos de responsabilidade social, auditores de qualidade, direito ambiental, direito minerário, gestor sócio-educativo ambiental, técnico de energia solar, técnico de energia aeólica, professor de educação ambiental, são alguns exemplos de profissionais que estão sendo requisitados pelo mercado de trabalho.
Geólogos, contador ambiental, biólogo, ecólogo, consultor ambiental, cientista ambiental, monitor de ecoturismo, engenheiro agronômico, urbanistas, técnicos de agronomia, instalador de painéis solares (o seguimento de energia solar está empregando quase 800 mil pessoas ao redor do mundo).
Engenharia de alimentos, nutricionistas, biomedicina, genética, tecnólogos de criogenia (ramo da físico-química que estuda tecnologias para a produção de temperaturas muito baixas), coordenadores de projetos, administradores de infossistema (consultores de sistema de informações especializado em análise de processos), técnicos de desenvolvimento químico (em processos de fabricação de sabão biodegradável, outros), técnicos e engenheiros para desenvolvimento e exploração da biomassa na agricultura, profissionais na área de energias alternativas, biotecnólogos (controle de pragas, nanotecnologia, fertilização in vitro, biodiversidade, etc), climatólogos, são profissões com demandas crescentes.
Existem profissões inusitadas e diferentes, mas são ecologicamente corretas, como: árbitro de conflitos, coach, coffeetender ou barista (especialista em bebidas provindas do café), degustador, gestor de responsabilidade sócio-ambiental, mediador de mídias sociais, trendspotter (caçador de tendências), enólogos, geneticista, auxiliar médico, optometrista, assistentes sociais, médicos de diversas áreas, floristas, paisagistas, planejador instrucional (produz e-learnings), hostess (recepcionistas mais qualificadas de restaurantes requintados), aromista, dentre outros.
Outras ocupações: técnicos florestais; técnicos em manipulação farmacêutica; técnicos em produção, conservação e de qualidade de alimentos; de acordo com o CBO – classificação brasileira de ocupações existe mais de 3.000 ocupações profissionais no país, mas a tendência é de surgimento de inúmeras novas profissões verdes e extinção a empregos relacionados à tecnologia ultrapassada ou que provoquem grande impacto ambiental.
O nível de abrangência das capacidades individuais e coletivas é que determinarão as futuras ocupações profissionais, mas que estas sejam sempre baseadas em realidades de respeito à natureza e ao Homem para a conquista da sustentabilidade.
Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo