Você já escreveu sua carta para o bom velhinho? O que pedir depois que descobrimos a verdadeira história de Papai Noel? Que tal alguns presentes quase impossíveis, tais como o fim da corrupção, um Tietê limpo, uma São Paulo sem trânsito ou um Congresso ficha limpa? Para os menos sonhadores, sugiro começar segmentando os pedidos em categorias: família, finanças, saúde e carreira, item que explorarei a seguir.
Pedidos sobre carreira invariavelmente giram em torno de três pilares: novo emprego, promoções ou aumentos salariais. Para deixar o campo dos sonhos e se tornar realidade, muito trabalho é necessário, literalmente. Analisemos algumas condições que em geral auxiliam as pessoas a conquistá-los.
Educação Continuada: significa nunca parar de aprender. Um MBA conta muito no currículo, assim como cursos específicos de curta duração. Conheço alguns profissionais que condicionam seu aperfeiçoamento à empresa, esperando subsídios para amortizar seus investimentos. Em época de cursos online, não estudar pode significar falta de vontade em aprender coisas novas.
Networking: construir e mantê-lo exigem esforço e disciplina. Participar de associações de classe, grupos de executivos e ex-alunos devem fazer parte de sua rotina. Estar presente em eventos e feiras do setor, assim como agendar almoços com ex-colegas e chefes também. Apesar das facilidades das redes sociais profissionais, nada substitui o contato face a face. Vale lembrar que mais da metade das vagas executivas são preenchidas através de indicações.
Idiomas: supondo que você domine de verdade a língua inglesa, e que apresentações, viagens de negócios ou entrevistas de trabalho sejam itens corriqueiros, invista em uma segunda língua. Um espanhol bem falado está bem longe do velho e bom portunhol, utilizado em excursões a Buenos Aires. É o seu caso? Não sei o que ainda está esperando…
Atitude: em quantos novos projetos você se envolveu no último ano? Quais as reais contribuições feitas para a empresa? Quantos elogios e prêmios você ganhou ou foi cogitado para? Tive um chefe que mencionava uma frase célebre: sua atitude determina sua altitude, o que infelizmente pude comprovar na prática, após doze anos de uma bela carreira. Aliás, já reparou que profissionais com atitudes proativas costumam subir mais rápido?
Seja honesto e avalie o seu desempenho nos quesitos mencionados. Você se considera acima, na média ou abaixo? Caso se posicione no primeiro grupo, parabéns! Talvez no próximo natal esteja agradecendo o presente recebido. Abaixo? Mexa-se! Ou então, continue acreditando em Papai Noel. Quem sabe sua proposta não estará na meia, pendurada na lareira.
Marcos Morita é mestre em Administração de Empresas, professor da Universidade Mackenzie