Três Lagoas é cidade afamada de que é uma das mais prósperas do país por conta do desenvolvimento industrial e das oportunidades de negócio que atraem investidores dos mais variados segmentos da atividade empresarial. O seu crescimento populacional é um dos indicadores de atração de novas oportunidades de negócios, principalmente, para a construção civil e implantação de loteamentos. É nessa esteira que brasileiros de todos os rincões, incluídos entre esses, uma grande maioria de desempregados, chegam por aqui na esperança de que serão empregados imediatamente. Ledo engano.
Não há vagas suficientes para aqueles que foram atraídos pela notícia de que em Três Lagoas terão a chance de fazer da cidade a sua cidade, embora, se constate acentuada falta de mão de obra qualificada. A partir dessa verificação, começam a aflorar os problemas sociais, que vão desde a falta de moradia até a pobreza cruel que deixa famílias ao relento e com fome. Se no passado recente era difícil encontrar moradores de rua, hoje esses se acomodam em lugares que dispõem de coberturas, que os abriga da chuva ou do sereno da madrugada.
Sem teto, aderem ao processo de favelização e vão juntando tábuas e paus para erguerem precariamente barracos de lonas que os abrigarão dessas intempéries. Diante deste quadro cruento, vem a pergunta: estaria o poder público enfrentando essa grave questão social, amparando, removendo para abrigos, alimentando e assistindo essas pessoas no sentido de colocá-las no mercado de trabalho? Existe um programa de qualificação de mão de obra para esses migrantes.
Ou um programa de orientação para que retornem às suas origens com o pagamento de passagens de ônibus de transporte interestadual? Mais, além do poder público, temos entidades privadas que prestam serviço de assistência para essas pessoas, amparando-as num primeiro momento? A sociedade civil, os clubes de serviços e as demais entidades que se envolvem na promoção da pessoa humana estão desenvolvendo uma ação articulada para amenizar essa grave questão social. Cresce entre nós o número de famílias que estão na linha da miséria. Não podemos ficar de braços cruzados.
É preciso uma articulação efetiva através da elaboração de amplo programa de amparo e promoção dessas pessoas. Não se proclama o assistencialismo puro e simples, mas o despertar das nossas autoridades e dos cidadãos de bem dispostos a darem uma contribuição efetiva e que querem sair da zona de conforto para o exercício pleno da solidariedade para o próximo. A riqueza existe para dar cumprimento social a sua finalidade, mas, também, para aplacar a pobreza que mácula uma sociedade que se agiganta como a de Três Lagoas.