Nos últimos meses não foram poucas as vezes que os principais assessores da prefeita Márcia Moura a colocaram em dificuldade, perante a opinião pública. Os casos mais recentes são os que envolveram a decisão desastrada de fazer e servir a merenda escolar, sem que as escolas tivessem estrutura para preparar a merenda. Não havia merendeiras, leia-se, cozinheiras, e nem fogões e geladeiras. Pior, não havia sequer processo para licitar para a aquisição de ingredientes que são utilizados para a sua elaboração. Para complicar mais ainda, a empresa que anteriormente, prestava o serviço, se recusou as aditar o contrato por um período até que outra licitação fosse concluída. Emergencialmente, contratou-se um restaurante da cidade e uma padaria para fornecer a alimentação. Esse episódio serviu para degastar a administração perante a comunidade da rede escolar municipal – pais e alunos, porque escolas dispensaram alunos e as creches, solicitaram aos pais que fossem buscar suas crianças porque não havia como alimentá-las. Simultaneamente, à falta de merenda escolar, deixaram por uns dias, as crianças da zona escolar sem transporte, porque o contrato de licitação havia se esgotado. Outra questão, esta mais pontual, diz respeito ao transporte escolar de crianças da escola municipal Eufrosina Pinto, destruída pelo fogo criminoso de vândalos. As crianças diariamente vão para frente da antiga escola no bairro e de lá são transportadas para a antiga escola João Ponce, que fica na confluência da avenida Rosário Congro com a rua João Silva. O transtorno é grande porque em dias de chuva não há abrigo para as crianças pela manhã aguardarem a chegada dos ônibus, já que a escola está em escombros e as crianças nela não pode ingressar, sob pena de correrem sério risco. Mais ainda, alunos e pais desta escola, sequer sabem quando terão outra escola ou se serão remanejados para um estabelecimento escolar municipal ou estadual localizado nas proximidades de onde moram. Merenda e transporte escolar evidenciam uma trapalhada recente e sem precedentes na administração municipal. Revela falta de planejamento para a adoção de medidas como as que pretendiam tomar. Uma decisão dessa envergadura deveria ser discutida e analisada pela secretária de Educação em um prazo de pelos menos seis meses de antecedência ao início do ano escolar. A mais recente trapalhada administrativa é a distribuição do carnê do Imposto Predial e Territorial, que anualmente é cobrado do contribuinte três-lagoense. O atraso resultou em clima de suspense para aqueles que querem gozar do desconto de 20% sobre o total do pagamento devido. Para agravar o clima de imprevisibilidade, o setor de tributação não venceu a demanda, diante de tantos contribuintes que para lá acorreram, seja para pedir o carnê que não receberam, como reclamar de lançamentos indevidos. Aliás, a maioria em reclamando de lançamentos de valores muito acima do que efetivamente é devido. E, que certamente, foram lançados erradamente, mas que irremediavelmente devem ser corrigidos. A alegação de que a greve dos caminhoneiros atrasou a entrega não justifica, até porque estes carnês deveriam ter chegado às mãos do contribuinte logo nos primeiros dias de janeiro deste ano, pois daria tempo suficiente e sem atropelos para que reclamações fossem recebidas e os lançamentos indevidos fossem corrigidos. Mas, outro fato salta aos olhos. Decorridos mais de dois anos de adquiridos, mais de dois mil notebooks encontram se em depósito da prefeitura sem serem utilizados pelos alunos, sob a alegação de que ainda não foram feitas as instalações elétricas nas salas de aula e disponibilizado sinal suficiente de internet nas escolas da rede municipal de ensino. Essa situação penaliza os alunos, porque os priva da utilização de computadores que hoje se tornaram uma ferramenta quase que indispensável para pesquisa e estudo para as pessoas de qualquer faixa etária. Infelizmente, o que se constata é que a falta de previsão, que além de emperrar a administração pública municipal, está agravada por auxiliares que não suam a camisa tanto quanto deveriam para o bom resultado que a administração municipal precisa alcançar. Essa ineficiência, praticamente, solapa os bons resultados que administração tem por obrigação registrar.
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