Os sucessivos acontecimentos que diariamente são revelados e trazidos ao conhecimento da população através dos meios de comunicação e redes sociais, evidenciam que a imprensa brasileira cumpre a sua missão, e que o nosso povo dá sinais de estar nos limites da tolerância. O Fantástico revelou fato que imputa ao prefeito de Campo Grande responsabilidade por ter obtido através de um assessor do município folhas de cheque em branco, certamente, com promessas de ganhos ou troca de favores, para utilizá-las com a finalidade de levantar valores e destiná-los à objetivos duvidosos no período que antecedeu a cassação do ex-prefeito Bernal. O inquérito corria em sigilo no MP, mas veio a lume, porque houve a sua revelação. Na sessão de ontem, na Câmara Municipal, populares reagiram ao episódio dizendo que o povo não aguenta mais tantos e tantos desmandos e práticas de atos de corrupção que tomam diariamente o noticiário. Vereadores da Câmara Municipal apresentaram requerimento para apurar o fato que envolve o prefeito da capital. Manifestantes ocuparam as dependências da Câmara e pediram a cassação do prefeito, que deve ser ouvido para apresentar sua defesa. Aliás, esse é o princípio geral do regime democrático, que determina que ninguém pode ser condenado até que o fato seja provado. Os tempos inquisitórios ficaram na Idade Média. Há de se assegurar o princípio da ampla defesa. Mas, inaceitável é que representes do povo façam ouvidos surdos, bocas caladas e olhos de cego, como os três macaquinhos Kikazaru, que não escuta, o Iwazaru que não fala e o Miazaru que não enxerga. Aqui em Três Lagoas o Ministério Público estadual apura fato que envolve o presidente da Câmara Municipal desde novembro de 2014, mas que veio à tona por conta do próprio denunciante através dos meios de comunicação que integram o Grupo RCN de Comunicação. Em contrapartida, o presidente da Câmara Municipal em vez dar explicações e negar os fatos, além de encher o auditório do Plenário do Legislativo para aplaudi-lo, preferiu assestar suas baterias contra a direção geral do grupo de comunicação que tornou público o fato. Defendeu atacando, mas, ao Grupo RCN de Comunicação e ao seu diretor geral, não há nenhum constrangimento em esclarecer fatos até então desconhecidos como se dispõe em qualquer instância. É dever ético e moral esclarecer atos e fatos que porventura autoridades instituídas queiram ver esclarecidos. Neste episódio o que causa estranheza o fato de não se registrar nenhuma palavra de vereadores no Legislativo Municipal cobrando maiores esclarecimentos. Certamente, o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul ao tomar conhecimento desta grave imputação, haverá como Corte de Contas, que analisa gastos públicos, adotar as providências previstas em seu Regimento Interno para cumprir sua missão, uma vez que o Regimento Interno da Câmara Municipal, não foi invocado por nenhum dos vereadores de Três Lagoas.
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Imprensa brasileira cumpre a sua missão, o povo dá sinais de estar nos limites da tolerância
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