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Artigo

Temas ardilosos

Leia o artigo do professor universitário Mário Amaral Rodrigues

Mário Amaral Rodrigues é professor universitário - Arquivo/JPNEWS
Mário Amaral Rodrigues é professor universitário - Arquivo/JPNEWS

Desmatamos para “plantarmos” nossas habitações. Ainda que parte delas avancem na vertical, seguimos no que chamamos de urbanização, com ruas e estradas, na razão direta de quantos somamos. Os centros urbanos são os responsáveis maiores pelo desmatamento, evidentemente. 

Qual continente é mais urbanizado? A polêmica presente em nossos dias, o desmatamento na Amazônia, é tema político empolgante, curioso e ardiloso. “A Floresta Amazônica é o pulmão do mundo”. Balela. As algas marinhas é que são. Sabem disso os embusteiros. Por que afirmam tal impropriedade? Exatamente por serem embusteiros. Ou admitem que somos os mesmos “pacíficos tolos” que aceitavam espelho em troca de ouro? 

Se o oxigênio rareia, retirem o plástico dos mares, o óleo que navios deixam em suas rotas, isso sufoca as algas. 
Se o dióxido de carbono tem sua concentração no ar aumentada, eletrifiquem o transporte urbano e os carros. Falta energia elétrica? Transformem a energia solar em elétrica. Querem liga mais resistente ao atrito com a atmosfera. Ah! Aí não tem outro jeito não. 

É se apropriar da Floresta Amazônica ou “nada feito”. O nióbio está embaixo dela. Que oferecem em troca de um quilo desse metal? Horas de satélite? Seda? Celulares? Idioma da moda para nossos índios? Os cabelos deles não dão mais belas perucas? 

Consideradas a madeira e as aves clandestinas levadas, já nos é devido o equivalente a várias toneladas de nióbio. Uma tonelada dele paga todo princípio ativo farmacêutico que ainda importamos, por força de contrato impostor, há décadas, cuja metade (no mínimo) temos competência e condições técnicas para produzir. 

Até de vitamina C (com N títulos) pagamos royalties. A exploração dos incêndios em parte da Amazônia é também “maquiavélico”. A floresta de Portugal pegou fogo, invadiu e ceifou vidas em área urbana. Na Califórnia, nos Estados Unidos, idem. Eles atemorizam na Bolívia, no Paraguai e na Rússia, mas não integram o pulmão do mundo. Interessante! 

O Brasil está “acima de tudo e abaixo de Deus”, sendo, agora, independente de fato.

*Mário Amaral Rodrigues é professor universitário