O Congresso Nacional tem de tomar uma atitude digna daquela Tribuna Nacional quando recebe responsabilidades. Não tem o direito de querer exibir-se como se fosse um cidadão cheio de problemas que precisam de soluções. Afinal, com raras exceções, o que se viu até hoje é muita fumaça e pouco fogo para cozinhar o que a Nação, mais do que o País quer. O povo que é a Nação amplificada precisa ver seus congressistas trabalhando, a exemplo dele cidadão. De que adianta um País rico, se seu povo vive angustiado e explorado?
Opinião
Tribuna sim, palanquinho não!
A entrevista do ministro da Previdência, Garibaldi Alves, ao Estadão, de terça-feira, foi mais do que qualquer coisa, um sinal da determinação da presidente de que ela quer empurrar a extinção do Fator Previdenciário para uma data bem longe (jamais eu diria que a presidente Dilma está empurrando com a barriga, porque seria muito deselegante e deseducado de minha parte).
Essa enrolação que praticam é para não resolver esse problema e dar tempo de inventarem outro apelido para a mesma droga que é o Fator Previdenciário, ou criarem alguma química para mexer na idade, ou sei lá o que. O Planalto está igual o malandro que não faz nada a não ser criar arapuca ou desculpa contra suas vítimas.
E o que faz o Congresso? Nada. Por outra, a ação dele tem sido negativa ao querer justificar o mau humor da Presidente, que é contra a extinção do Fator. Ela diz ser favorável à queda do Fator, mas age com energia e dissimulação contra a queda do Fator. Igualmente agiu o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, ontem ao dar entrevista ao Estadão: exibicionismo tentando iludir, com falso argumento, o qual nem ele teve firmeza de sustentar, com convicção, dizendo que o Congresso está abarrotado de temas mais importantes do que a votação do Fator Previdenciário.
Ninguém é mais importante do que o eleitor que elegeu deputados e senadores. Até ele o ministro Garibaldi deve seu cargo de ministro ao povo que o elegeu, e não fosse isso duvido que a presidente Dilma lembrar-se-ia, sequer, de sua existência.
A população brasileira tem de agir em movimento, no Congresso Nacional para fazer valer o respeito que a Câmara e o Senado lhe devem. Graças a Deus, as honrosas exceções são significativas em valor pessoal e número, mas insuficiente para vencer o marasmo, o corpo mole, o não fazer, dos que fingem querer o bem estar do povo.
Creio que as lideranças das redes sociais que conseguem mobilizar pessoas deveriam iniciar movimento em favor da extinção do Fator Previdenciário. É a hora.
Aquela Tribuna Nacional não pode, não merece ser transformada em palanquinho chinfrim.
Todo brasileiro é pleno de esperança, como tal me junto para assinar abaixo assinado, mandar e-mail para Gabinetes, exigindo mudança de comportamento e prioridades dos deputados e senadores queixo duro. Assim, hoje dou aos meus conterrâneos bom dia, o meu bom dia pra vocês, na esperança de que esse panorama mude pela Nação brasileira.
*Ruy Sant’Anna é jornalista e advogado