O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Paranaíba (Sindispar), Antônio Marcos, pediu desculpas à Rádio Cultura FM Paranaíba por ter se referido a “sensacionalismo” ao comentar a reportagem sobre a Lei Complementar que retirava direitos da classe de professores aprovada pela Câmara Municipal de Paranaíba e sancionada pelo prefeito, Ronaldo Miziara (PSDB), exibida pela emissora e publicada no portal de notícias JPNEWS após professores terem procurado a rádio e o portal para denunciar o caso. Antônio Marcos havia publicado um vídeo em uma rede social afirmando que “a rádio queria sensacionalismo”.
Em conversa com o JPNEWS e entrevista ao Jornal do Povo – que vai ao AR na emissora de segunda a sexta, às 10h – na manhã de quarta-feira (3), o presidente do sindicato disse que gostaria de se retratar e pedir desculpas. “Bom dia a todos os ouvintes da Rádio Cultura. E eu começo já me retratando, que eu disse num vídeo que eu postei, que a rádio queria sensacionalismo, me referindo à imprensa, mas fui infeliz e peço desculpas. Até porque tanto a Cultura quanto as outras rádios sempre nos deu espaço”, afirmou.
Sobre o desenrolar dos fatos que envolveram a classe de educadores desde a aprovação, sanção até a revogação da Lei Complementar que retirava direitos, Antônio Marcos afirmou ser favorável ao diálogo entre todas as partes. “Não será com gritos ou atacando as pessoas nas redes sociais que vamos resolver as coisas”.
O presidente reitera que a assessoria jurídica do sindicato está à disposição dos professores e afirma que concorda com a luta dos professores. “A gente concorda com a luta, é tanto que o sindicato agiu, mas agiu dentro da legalidade.”, afirmou Antônio, que completou dizendo que o papel fundamental do sindicado no processo foi a mediação. “A gente tem que saber lidar com o conflito”, disse.
O representante do sindicato afirmou que uma reunião já está agendada para que uma comissão de professores, que tem outras pautas de reivindicações, acompanhada da assessoria jurídica do Sindispar, representantes de todas as escolas e creches, deve ser reunir com representantes da Câmara e Prefeitura, para que seja elaborado um grupo de estudo para pleitear as mudanças desejadas.
Uma das pautas urgentes e que serão cobradas por estes professores é o fim da indicação política para cargos de diretores e coordenadores das escolas da rede municipal. Eles defendem eleições para os cargos. Outras opções também foram colocadas por participantes da reunião realizada na tarde de segunda-feira (1), como preenchimento dos cargos por mérito ou concurso.
Na reunião, vereadores e membros da prefeitura comunicaram o recuo quanto a retirada da promoção pela segunda pós-graduação.