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Julgamento

Após dois anos, policial que matou esposa e corretor será julgado

Lúcio é acusado de matar Regianni Rodrigues de Araújo e Fernando Enrique Freitas em outubro de 2019

O policial está preso no Presídio Militar em Campo Grande - Reprodução
O policial está preso no Presídio Militar em Campo Grande - Reprodução

Foi marcado para o dia 9 de dezembro deste ano o júri do policial militar ambiental Lúcio Roberto Queiroz Silva. Ele é acusado de matar Regianni Rodrigues de Araújo e Fernando Enrique Freitas em outubro de 2019. O julgamento está previsto para 8h. O policial está preso no Presídio Militar em Campo Grande.

Segundo a investigação policial, Lúcio matou os dois por acreditar que estava sendo traído pela esposa. 

A denúncia relata que o policial e a esposa viveram juntos por 12 anos, enquanto o corretor de imóveis era casado também, tendo convivido com a esposa por cinco anos. No dia dos crimes, o corretor e a mulher estavam na casa dos pais dela, em uma reunião familiar, enquanto o policial e a esposa participavam de outra confraternização.

No final da tarde, depois de ingerir bebida alcoólica, o corretor deitou-se para descansar no sofá da sogra e, antes de dormir, desbloqueou o celular para sua mulher fazer uma ligação. Enquanto usava o celular do marido, chegaram mensagens por um aplicativo de conversa, sendo estas encaminhadas pela mulher do policial.

A mulher do corretor respondeu como se fosse ele, imaginando que ambas as vítimas mantinham caso extraconjugal. A seguir, a mulher entrou em contato com o policial e enviou a ele os prints da conversa.

O policial questionou a esposa sobre a possível infidelidade, mas ela negou. Então, ele foi até a residência onde o corretor estava, desceu do carro armado de uma pistola .40, de propriedade da Polícia Militar. Na frente da casa estavam a sogra do corretor, a mulher com sua filha menor no colo e uma amiga – ambas tentaram impedir sua entrada, ao perceber a intenção, mas não conseguiram impedir.

Em interrogatório, Lúcio esclareceu detalhes de vida conjugal com a mulher, relatou que passou o dia com a mulher e os filhos na casa dos pais, e falou sobre as ligações da mulher do corretor, afirmando que a esposa o traía com o corretor e que tinha prints de conversa dos dois que provavam a traição. O réu contou que, ao sair da casa dos pais, não sabia como proceder, por isso ligou para o delegado de polícia, com o intuito de entregar-se, certo de que não seria morto tampouco maltratado.

O advogado de defesa, José Roberto Rodrigues, foi procurado para dar mais detalhes da linha de defesa e disse que entraria em contato para mais informações, porém até o fechamento da matéria não retornou. 

O processo criminal tramita em segredo de Justiça.

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