Guilherme Henrique Nascimento Alves, bebê de cinco meses que estava internado na Santa Casa de Paranaíba, com suspeita de ter sido contaminado pelo novo coronavírus, faleceu na manhã desta sexta-feira, por volta das 10h30. O resultado para a nova síndrome respiratória foi negativo. A causa da morte foi pneumonia, conforme atestado de óbito.
Segundo a Vigilância Epidemiológica, o caso era suspeito, pois o bebê deu entrada no hospital com febre, tosse e desconforto respiratório.
De acordo com a família, o bebê deu entrada na Santa Casa na terça-feira (24), apresentou melhoras na quarta-feira (25) e quinta-feira (26) e até foram informados pela médica que fazia o acompanhamento que ele poderia ter alta assim que saísse o resultado do teste para novo coranvírus.
Conforme a família, no período da tarde a criança começou a vomitar sangue, e seguiu mesma forma durante a noite, porém, a enfermeira que acompanhava o caso não teria informado a médica sobre a piora do estado de saúde. A médica teria sido informada após troca de turno das enfermeiras, que ocorreu na madrugada. Pela manhã ao saber da piora no estado de saúde, o bebê foi transferido para uma incubadora, pois estava em isolamento, juntamente com a mãe.
Após realização de exames foi contatado que um pulmão já estava comprometido, assim como a maior parte do outro.
A família ainda contou que o primeiro atendimento foi com uma pediatra em uma Unidade de Saúde da Família, e devido ao novo coronavírus não teria receitado medicamento para tratar de imediato a pneumonia.
Segundo informações de familiares, não houve questionamento para saber a rotina da família, como por exemplo, se havia tido contato com alguém contaminado ou viajado para outro país e até mesmo Estado com muitos casos recentemente. A família alega que a chance era mínima do bebê estar com covid-19.
A Santa Casa de Paranaíba foi procurada para falar sobre o caso e conforme o diretor clínico do hospital, Pedro Eurico Salgueiro, a família deve fazer uma denúncia na própria unidade hopitalar, que irá investigar se houve omissão no atendimento da criança. Além disso, podem requerer os prontuários de atendimento e investigar se o tratamento era adequado para a doença da criança.
Devido a pandemia, os velórios em Paranaíba podem ter duração de no máximo quatro horas, limitando-se a dez pessoas na sala onde o corpo está sendo velado, podendo haver revezamento.