Janilton Ferreira, mais conhecido como “Ciclista Maluco”, esteve em Paranaíba nesta segunda-feira, no caminho de volta para o Sul do País. Ele vem de Oiapoque (AP) e tem como destino Chuí (RS). Ciclista há mais de 27 anos, Ferreira tem 59 anos e saiu de casa há dois anos e meio.
“Eu saí de casa em maio de 2012 e queria conhecer o Brasil de ponta a ponta e graças a Deus consegui. Saí com altos e baixos, tive problemas de saúde, e com esforço, vontade e superação eu consegui”, disse.
De Paranaíba, o ciclista segue para Frutal (MG), em seguida Barretos (SP), depois Itu (SP), onde prevê que passará o Natal. De lá vai para São Paulo (SP), depois Paraná, Santa Catarina e enfim Rio Grande do Sul. “Eu já fiz do Chuí ao Oiapoque e agora estou fazendo do Oiapoque ao Chuí, como tem no mapa. Devo chegar em abril lá, tem quase cinco mil quilômetros daqui até lá”, disse.
Janilton carrega consigo uma pasta com os registros de todas as cidades que passou, alguns são fotos com prefeitos, celebridades, como Neymar Jr., Lula, Tony Ramos, Ratinho e Felipe Massa. Além disso, ele carrega recortes de jornal com matérias ao seu respeito. Ele também pega uma declaração em cada cidade que passa, registrando que passou por lá. “Tenho cerca de duas mil fotos”, completou.
Entre as capitais, destaca, já conhece 26, faltando apenas Roraima (RR). Segundo o ‘Ciclista Maluco’, o maior perigo durante as viagens é a falta de estrutura das estradas e até mesmo o desrespeito de alguns motoristas com os ciclistas. Ele ressalta que o cicloturismo, modalidade que pratica, é uma maneira muito saudável, econômica e ecológica de viajar, mas que é algo arriscado no Brasil.
O ciclista também enfrentou problemas familiares para realizar seu sonho. De acordo com ele, quando decidiu que faria esta viagem, a esposa disse para ele escolher entre ela e a viagem, e ele decidiu seguir no mundo.O casal se separou.“Não me arrependo, quero andar mais uns dez anos ainda”, completou. Aposentado, ele afirmou que conta com o apoio dos moradores das cidades por onde passa para manutenção. “Nessa viagem eu já gastei mais de R$ 15 mil”, observou.
O ciclista disse ainda que pretende escrever um livro com as histórias de suas viagens até 2016.