Pais e alunos da Escola Estadual José Garcia Leal está mobilizada para cobrar providências quanto à reforma da Escola Estadual José Garcia Leal, que se arrasta há mais de dois anos e ainda não foi concluída. Em uma carta aberta, estudantes, pais, representantes do grêmio estudantil e da Associação de Pais e Mestres manifestaram indignação com o prolongado descaso, que tem causado transtornos significativos.
“Desde o início da reforma, alunos e professores enfrentaram a instabilidade de mudar constantemente de local para realização das aulas. Inicialmente, as turmas foram deslocadas para a Escola Estadual Wladislau Garcia Gomes, uma casa alugada e salas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). No ano seguinte, mais salas foram ocupadas na UEMS, enquanto o noturno ocorreu em um imóvel oferecido e a secretaria foi concentrada para outro bairro, também comercial”, diz o texto.
A carta continua dizendo que a falta de estrutura e notificações de desocupação por parte dos locais improvisados levaram a escola a instalar suas atividades na parte superior da Escola Aracilda Cícero Corrêa da Costa. “As aulas iniciaram com atraso devido falta de estrutura no prédio, como banheiros sem condições de uso e falta de segurança nas janelas destinadas às turmas mais jovens, o que provocou atrasos no início do ano letivo”.
Além disso, outro ponto citado é a distância entre a Escola Aracilda e a localização original de José Garcia Leal, no centro da cidade, trouxe mais desafios, afetando principalmente os alunos que residem longe do novo endereço.
Agora, a escola enfrenta mais uma possível desocupação. O prédio onde está funcionando atualmente será utilizado pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, que iniciará suas atividades em Paranaíba, deixando a comunidade escolar mais uma vez sem um local definitivo.
Com cerca de 900 alunos matriculados, a comunidade clama por agilidade e comprometimento na finalização da obra. Outras escolas que passaram por reformas posteriores já foram entregues, reforçando o sentimento de descaso e desigualdade.
A carta termina com um apelo às autoridades competentes para que priorizem a conclusão da reforma e devolvam à comunidade a estabilidade e qualidade de ensino que merecem.
Leia na íntegra:
“Carta Aberta à Comunidade:
Reforma da Escola Estadual José Garcia Leal
Prezados cidadãos,
Nós, estudantes, pais, representantes do grêmio estudantil, Associação de Pais e Mestres e demais membros da comunidade, vimos através desta expressar nossa profunda preocupação e desapontamento com o descaso e falta de comprometimento com a reforma da escola, José Garcia Leal que perdura por mais de dois anos e até hoje não foi finalizada. Em reunião, os integrantes do colegiado cobraram da direção da escola um posicionamento. Durante esse período de reforma a escola/ alunos foram obrigados a se deslocar para vários locais diferentes. Primeiranente para a Escola Wladislau Garcia Gomes e para uma casa alugada nas imediações e algumas salas para Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS, ou seja, em três lugares distintos. No ano seguinte, mais salas foram alocadas para a UEMS e o noturno continuou na casa alugada e a secretaria em outro prédio também alugado. Porém esses locais solicitaram a desocupação alegando problemas diversos. Atualmente as salas da Escola Estadual José Garcia Leal encontram-se na parte superior da Escola Aracilda Cícero C. da Costa, onde gentilmente foram acolhidos. As aulas iniciaram com atraso devido falta de estrutura no prédio. Os banheiros do pavilhão disponibilizado estavam sem condições de uso e também por falta de grades nas janelas onde os alunos menores ocupariam. A comunidade escolar mais uma vez ficou insatisfeita, pois em nenhum momento foi levado em conta a distância percorrida pelos alunos. Sabe-se que a escola José Garcia Leal localiza-se na parte central da cidade e a escola Aracilda Cícero C. da Costa fica distante. Agora novamente a escola está sujeita a ter que desocupar o prédio visto que, a cidade foi agraciada com a vinda do Instituto Federal e as aulas serão ministradas no local onde a escola atualmente está funcionando, com isso a comunidade escolar mais uma vez se sente insegura, indignada e revoltada, clamando por providências, já que outras escolas que passaram por reformas iniciadas bem depois já foram finalizadas. Hoje na escola há cerca de 900 alunos”.