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Os Riscos Dos Banhos De Rio

Correntezas submersas e outros perigos ocultos dos banhos de rio. ATUALIZADA

'Ciladas dos rios' podem ter tirado a vida dos dois jovens no porto Alencastro

Marcos Vinicius e Otávio Pedro eram amigos e costumavam nadar juntos no rio - Reprodução/Facebook
Marcos Vinicius e Otávio Pedro eram amigos e costumavam nadar juntos no rio - Reprodução/Facebook

Duas mortes ocorridas neste domingo (23), no rio Paranaíba, próximo a ponte do Porto Alencastro, divisa dos estados de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, trouxeram à tona riscos que banhistas correm ao nadar em locais assim. Marcus Vinícius Sampaio de Oliveira, de 16 anos, e Otávio de Freitas Martins, 21, morreram na tarde deste domingo (23), enquanto nadavam com amigos.

Estudantes morrem afogados no porto Alencastro em Paranaíba

Foi o primeiro acidente com mortes, no local, neste ano, segundo o Corpo de Bombeiros de Paranaíba. Em 2015 não houve nenhum caso.

O soldado Pedro Cabral Ponciano, do 4º Subgrupamento de Bombeiros Militar (4º SGBM), faz alertas para várias situações que podem ocorrer em rios.

Segundo Ponciano, jovens e adolescentes são mais propensos a se arriscarem nas águas, e assim, sendo as vítimas mais frequentes de acidentes. O soldado chama a atenção para as correntezas submersas que existem na região onde ocorreram as mortes neste domingo. “Para quem olha de fora, as águas são calmas e até paradas, mas, existem vários pontos de correntezas submersas naquela região, oferecendo sérios riscos aos que mergulham ou se afastam muito das margens do rio”, disse. Situação semelhante a que ocorre nas águas do rio São Francisco, onde faleceu o ator Domingos Montangner, no último dia 15 de setembro.

Sobre a tentativa de socorro ao presenciar situações de afogamento, o soldado afirma que, embora sejam momentos angustiantes, onde o impulso de tentar ajudar pode falar mais alto, se lançar nas águas tentando puxar a vítima não é a melhor opção. 

“A pessoa que está se afogando está em desespero, e vai puxar, como forma de tentar se salvar, a qualquer corpo ou objeto que se aproxime. O ideal e sair rapidamente em busca de socorro, ou de objetos como cordas, bóias, coletes ou qualquer coisa que seja flutuante, para que possam ser arremeçados à vítima, para que ela se aguarre; resgatar, no braço, a uma pessoa que esteja se afogando, exige técnicas especiais e muito treinamento emocional”, afirmou. O soldado aconselha que sempre que se for para lugares onde haverá algum tipo de passeio aquático, levar esse tipo de objeto e deixar em local próximo e visível".

Além destas situações, Ponciano alerta para os cuidados de não entrar nas águas depois de ingerir bebida alcoólica ou refeições pesadas, jamais saltar de grandes alturas – penhascos, pontes e morros – evitar se afastar muito das margens e ter atenção redobrada com crianças; observar sempre sinalizações e placas, avisando se aquele é um lugar apropriado para a pratica de banho.